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Cristina Kirchner apoia ex-mulher de Alberto Fernández após denúncia de agressão

Vice-presidente do governo Fernández quebra silêncio um dia após conversas entre o casal e fotos de hematomas de Fabiola Yañez virem à tona

Por Da Redação
9 ago 2024, 14h58

A vice-presidente do governo de Alberto Fernández na Argentina, Cristina Kirchner, quebrou o silêncio nesta sexta-feira, 9, sobre a denúncia da ex-primeira-dama Fabiola Yañez contra antigo chefe de Estado do país por agressões e assédio. A declaração ocorreu um dia após conversas entre o casal e fotos de hematomas de Yañez virem à tona por meio do portal de notícias Infobae. No X, antigo Twitter, Kirchner disse que os atos de violência “revelam os aspectos mais sórdidos e sombrios do condição humana”.

(As fotos de Yañez) permitem-nos verificar, mais uma vez e de forma dramática, a situação da mulher em qualquer relação, seja ela num palácio ou numa cabana. A misoginia, o machismo e a hipocrisia, pilares sobre os quais se baseia a violência verbal ou física contra as mulheres, não têm bandeira partidária e permeiam a sociedade em todos os níveis”, escreveu.

Na publicação, Kirchner também compara o episódio com o atentado que sofreu há quase dois anos. Ela afirmou que “foi objeto (e continua sendo) das piores violências verbais e políticas, até à experiência máxima de violência física, como a tentativa de assassinato em 1 de setembro de 2022” e se solidarizou com “todas as mulheres vítimas de qualquer tipo de violência”.

https://twitter.com/cfkargentina/status/1821941987865395472?s=46&t=tx-OfAw1u7TzKAnqea4jKg

+ Ex-mulher denuncia ex-presidente argentino Alberto Fernández por violência e assédio

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Entenda o caso

Yañez prestou queixa contra o ex-marido nesta quarta-feira, 7. Em resposta, um tribunal federal decidiu proibir a saída de Fernández do país e também ordenou “medidas de restrição e proteção”, para impedir que ele se comunique com a antiga esposa.

Tudo começou com uma série de mensagens encontradas no telefone de María Cantero, ex-secretária de Alberto Fernández, no âmbito de uma investigação sobre seguros. Uma dessas conversas foi com Yañez, sobre os supostos atos de violência. O juiz federal Julián Ercolini guardou este material num arquivo reservado, notificou o Gabinete de Violência de Gênero do Supremo Tribunal e depois convocou a ex-primeira-dama para uma audiência por videoconferência de Madri, onde ela vive.

No mês passado, após a audiência ampliada com Ercolini, porém, Yañez recusou-se a apresentar a queixa. Não está claro o que a fez mudar de ideia, mas ela afirmou ao tribunal que Fernández a assedia “diariamente” por telefone e a submete a “terrorismo psicológico”.

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Leia a nota de Kirchner na íntegra a seguir:

Alberto Fernández não foi um bom presidente. Nem Mauricio Macri nem Fernando De La Rúa, apenas para mencionar aqueles que cumpriram o seu mandato até agora no século XXI. Certamente a lista seria mais longa se alargássemos a cronologia.

Mas as imagens que vimos ontem à noite difundidas pelos meios de comunicação social em rede nacional virtual, no que constitui uma verdadeira revitimização da denunciante, SÃO OUTRA COISA.

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As fotos da senhora Fabiola Yañez com hematomas no corpo e no rosto, juntamente com as mensagens de texto publicadas que revelam o diálogo entre ela e o ex-presidente, não apenas mostram a surra que recebeu, mas também revelam os aspectos mais sórdidos e sombrios do condição humana. Permitem-nos verificar, mais uma vez e de forma dramática, a situação da mulher em qualquer relação, seja ela num palácio ou numa cabana.

A misoginia, o machismo e a hipocrisia, pilares sobre os quais se baseia a violência verbal ou física contra as mulheres, não têm bandeira partidária e permeiam a sociedade em todos os níveis.

Pessoalmente e como mulher que foi objeto (e continua a ser) das piores violências verbais e políticas, até à experiência máxima de violência física, como a tentativa de assassinato em 1 de setembro de 2022, expresso a minha solidariedade a todos mulheres vítimas de qualquer tipo de violência, sem esquecer as palavras que Francisco me disse no dia seguinte àquele acontecimento: “Toda violência física é sempre precedida de violência verbal”.

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