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Crise na Coreia do Sul: Um mutirão contra o golpe

Alertados, deputados correram para o plenário, onde entraram empurrando e desafiando os soldados postados na entrada

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 dez 2024, 11h12 - Publicado em 6 dez 2024, 06h00

Quase todos os sul-coreanos já haviam se recolhido quando, perto das 11 da noite de terça-feira 3, o presidente Yoon Suk-yeol foi à TV declarar lei marcial, em um dos mais retumbantes abalos vividos pelo país desde a redemocratização, no fim dos anos 1980. A destrambelhada justificativa do político conservador, impopular e com dificuldades para governar por não ter maioria no Parlamento, era “erradicar as forças pró-Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional livre”. Em seguida, o comandante do Exército, o general Park An-su, encarregado da execução da lei, anunciou que todas as atividades políticas estavam suspensas e despachou a tropa para cercar o Parlamento. Alertados, deputados correram para o plenário, onde entraram empurrando e desafiando os soldados postados na entrada, alguns deles pulando grades e empunhando extintores de incêndio. Do lado de fora, sob frio de 0 grau, manifestantes gravavam tudo no celular e faziam transmissões ao vivo. Dos 300 políticos, 190 conseguiram votar — 172 da oposição e dezoito da sigla governista — e derrubar por unanimidade a lei marcial. Acuado, Yoon voltou atrás — e agora terá de encarar um pedido de impeachment. O episódio avivou memórias de um passado doloroso e autoritário: na última vez que a lei marcial foi aplicada, em 1980, 600 manifestantes morreram no Massacre de Gwangju. Desta vez, população e parlamentares mostraram que a democracia sul-coreana, embora jovem e polarizada, é robusta. Mas precisa de atenção.

Publicado em VEJA de 6 de dezembro de 2024, edição nº 2922

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