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Covid-19: EUA chegam a 3 milhões de casos com crescimento da doença no sul

Novos recordes de infecções e mortes diárias são quebrados dia após dia, enquanto hospitais estão perto do colapso

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jul 2020, 12h39 - Publicado em 10 jul 2020, 11h05

Os Estados Unidos ultrapassaram 3 milhões de casos do novo coronavírus. Mais de 800 pessoas morreram com a Covid-19 nos últimos três dias, um aumento de 60% em relação aos mesmos dias da semana passada, de acordo com o jornal The New York Times.

Ao todo, o país tem, até esta sexta-feira, 10, 3,1 milhões de casos e 133.291 óbitos. Os Estados Unidos lideram a lista de países mais afetados pela pandemia, na frente do Brasil e da Índia. Somente nesta quinta-feira, 9, foram registrados 59.880 novos casos em todo o território americano, o sexto recorde na cifra de infecções diárias em 10 dias.

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A alta de casos e mortes na última semana foi liderada por alguns dos estados que iniciaram a reabertura e o processo de relaxamento das medidas de isolamento social mais precocemente, entre eles Alabama, Flórida e Texas.

Ao menos seis estados bateram seu recorde de novos casos diários nesta quinta: Alabama, Idaho, Missouri, Montana, Oregon e Texas. Outros dois estados registraram o número mais alto de óbitos em um dia: Flórida, com 120 mortes, e Tennessee, com 22.

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Muitos dos estados que viram sua curva de casos e mortes crescerem nas últimas semanas integram o chamado Sun Belt, ou Cinturão do Sol, que compreende o sul e sudoeste do país. A área também concentra os mais tradicionais eleitores do Partido Republicano, do presidente Donald Trump.

Na batalha contra o coronavírus, o magnata se viu diante de uma enxurrada de críticas por ter subestimado o poder da doença no início do surto e demorado a determinar o isolamento social. No momento em que os Estados Unidos se tornaram o foco mundial da pandemia, Trump passou a incentivar a reabertura dos estados menos atingidos, pressionado por uma economia em recessão após 128 meses de expansão.

Após travar uma queda de braços com os governadores democratas, a Casa Branca deu início ao processo de relaxamento das medidas de isolamento social, apesar das contra indicações de médicos e especialistas. Os três estados mais populosos do país – Califórnia, Texas, e a Flórida — estão no topo da lista de regiões mais atingidas, apenas atrás de Nova York, primeiro epicentro da doença em território americano.

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Colapso do sistema de saúde

Os hospitais na região sul e sudoeste do país estão lotados de pacientes com o vírus, forçando-os a cancelar cirurgias menos urgentes e a dispensar pacientes mais cedo para manter leitos disponíveis.

Os casos crescem especialmente no Texas, que estabeleceu um recorde pelo quarto dia consecutivo nesta quinta com mais de 10.900 infecções. O governador Greg Abbott determinou um aumento na capacidade de leitos hospitalares em quase 100 municípios, estendendo a proibição de realização de cirurgias não essenciais em todo o estado.

Na Flórida, mais de 40 UTIs em 21 municípios atingiram a capacidade máxima e não têm mais camas disponíveis. No Mississippi, cinco dos maiores hospitais do estado já estão sem leitos para pacientes graves.

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