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Coronavírus: EUA ampliam sanções contra o Irã mesmo com pandemia

Com mais de 19.500 enfermos, o país responde por mais de 7% dos casos em todo o mundo; pelo menos 1.430 iranianos morreram em decorrência da Covid-19

Por Da Redação
Atualizado em 20 mar 2020, 16h30 - Publicado em 20 mar 2020, 15h52

Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), os Estados Unidos informaram nesta semana que não aliviarão as sanções econômicas que vêm impondo ao Irã desde 2018. Ao contrário, o governo americano estendeu as sanções contra o setor petrolífero da República Islâmica. “Nossa política de pressão máxima contra o regime continua”, disse Brian Hook, representante especial do governo americano para assuntos iranianos, na quinta-feira 19.

Há dois anos em recessão e sob uma inflação de cerca de 35%, o Irã é um dos países onde a pandemia atingiu com força — mais de 19.000 iranianos adoeceram e 1.430 estão mortos em decorrência da Covid-19, doença provocada pelo coronavírus.

Como divulgado no site do Departamento do Tesouro americano também na quinta-feira, cinco empresas foram adicionadas à lista de entidades sancionadas pelos Estados Unidos — cinco delas estão sediadas nos Emirados Árabes Unidos.

Elas são acusadas de comprar petróleo iraniano. Dentre elas, segundo o governo americano, três teriam falsificado documentos para omitir a relação comercial com a indústria petrolífera iraniana.

As sanções americanas “não estão impedindo a entrada de ajuda no Irã” para conter a epidemia do novo coronavírus no país, defendeu Hook. Ele ainda disse que Washington enviou uma nota diplomática a Teerã oferecendo ajuda, mas “logo foi rejeitada”. Na segunda-feira 16, a China pediu aos americanos que aliviassem as sanções sobre o Irã por motivos humanitários, mas não obteve resposta.

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Segundo o Ministério da Saúde iraniano, uma pessoa morre a cada 10 minutos e 50 se infectam a cada hora no país. O Irã é o quarto país mais atingido pela pandemia em número de casos. Com cerca de 19.644 enfermos, de acordo com estimativa do jornal The New York Times, o país responde por mais de 7% dos casos em todo o mundo.

Economia destroçada

Desde agosto de 2018, o presidente americano, Donald Trump, assinou quatro decretos que provocaram queda de mais de 85% das exportações do Irã, em especial de petróleo bruto, o principal pilar produtivo do país, e derrubaram a economia iraniana.

Há dois anos em recessão, o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 9,7% desde 2017, e a inflação disparou a 35% ao ano, levando milhares de manifestantes para as ruas para pedir melhores condições de vida.

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Mais de 1.500 entidades e pessoas são alvos de sanções americanas por envolvimento com a economia ou a política do Irã. Dentre aquelas, 800 entidades e 250 indivíduos são iranianos.

(Com Reuters)

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