Coreia do Norte ironiza Trump e detalha plano de ataque a Guam

Plano coreano é disparar quatro mísseis para atingir uma região entre 30 e 40 quilômetros de Guam

Por Da redação
Atualizado em 10 ago 2017, 20h10 - Publicado em 10 ago 2017, 10h30

Movimentação de turistas em Guam, território dos Estados Unidos — Movimentação de turistas no distrito turístico de Tumon, na ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico - 10/08/2017 (Erik De Castro/Reuters)

**1/14** Baía de Tumon, Guam *(iStockphoto/Getty Images)*

**2/14** Movimentação de turistas no distrito turístico de Tumon, na ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico - 10/08/2017 *(Erik De Castro/Reuters)*

**3/14** Turistas se divertem na praia de Tumon, na ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico - 10/08/2017 *(Erik de Castro/Reuters)*

**4/14** Imagem de satélite da Ilha de Guam no Pacífico *(Earth Observatory/Nasa)*

**5/14** Vista geral da cidade de Tamuning na ilha de Guam *(Robert Tenorio/AFP)*

**6/14** Vista da Baía De Tumon, na Ilha de Guam *(Sgt. Angelita M. Lawrence/U.S. Air Force)*

**7/14** Vista aérea da base naval americana, na Ilha de Guam *(U.S Navy/Reuters)*

**8/14** Turistas aproveitam praia na Ilha de Guam *(Mar-Vic Cagurangan/AFP)*

**9/14** O navio americano USS Carl Vinson chega à Ilha de Guam *(Specialist 2nd Class Allen Michael/U.S. Navy)*

**10/14** Missão humanitária na Ilha de Guam *(2nd Lt. Jake Bailey/U.S. Air Force)*

**12/14** O bombardeiro americano Rockwell B-1 Lancer durante uma missão militar, na Ilha de Guam *(Gerald Willis/ US Air Force/AFP)*

**13/14** O navio USS Frank Cable passa pela Ilha de Guam *(Specialist 2nd Class Jeremy Starr/U.S. Navy)*

**14/14** Aviões da Força Aérea dos EUA e do Japão durante um exercício militar na base aérea de Anderse, na Ilha de Guam *(Staff Sgt. Angelita M. Lawrence/U.S. Air Force)*

A Coreia do Norte ironizou os alertas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que Pyongyang vai enfrentar “fogo e fúria” se ameaçar os Estados Unidos, e divulgou nesta quinta-feira planos detalhados para um ataque com mísseis perto de Guam, território americano no Oceano Pacífico.

Especialistas da Coreia do Sul disseram que os planos revelados pela Coreia do Norte elevam consideravelmente os riscos, já que Washington provavelmente considerará qualquer míssil apontado para seu território como uma provocação, ainda que lançado como teste.

O progresso norte-coreano aparentemente rápido no desenvolvimento de armas e mísseis nucleares capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos alimentou tensões que resultaram em uma guerra de palavras entre Washington e Pyongyang durante a semana, o que preocupa potências regionais e investidores globais.

As ações das bolsas de valores caíram pelo terceiro dia em todo o mundo, e em Seul alcançaram seus menores valores em sete semanas, depois que a Coreia do Norte disse estar finalizando os planos para disparar quatro mísseis de alcance intermediário sobre o Japão para caírem a 30-40 quilômetros de Guam, detalhando um plano anunciado inicialmente na quarta-feira.

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Guam, uma ilha tropical localizada a mais de 3 .000 quilômetros a sudeste do país comunista, é o lar de cerca de 16o.000 pessoas e de uma base militar americana que inclui um esquadrão de submarinos, uma base aérea e um grupo da guarda costeira.

mapa-coreia-do-norte-guam-eua — – (VEJA/VEJA)

Tal como anunciada pelos coreanos, a trajetória planejada dos mísseis atravessaria algumas das rotas marítimas e aéreas mais movimentadas do planeta.

O Exército da Coreia do Norte finalizará seus planos em meados de agosto, deixando-os prontos para uma ordem do líder Kim Jong-un, relatou a agência de notícias estatal KCNA. “Os foguetes Hwasong-12 a ser lançados pelo KPA (Exército do Povo Coreano) cruzarão os céus acima de Shimane, Hiroshima e Koichi, no Japão”, disse a reportagem. “Eles voarão 3.356,7 quilômetros durante 1,065 segundos e atingirão as águas a 30-40 quilômetros de distância de Guam.”

Embora Pyongyang ameace destruir os Estados Unidos e seus aliados com frequência, o comunicado da KCNA foi incomum pelo detalhamento. Ele foi publicada na esteira de dois testes bem-sucedidos de um míssil intercontinental, realizados em julho, e de uma série de outros testes de mísseis.

(Com Reuters)