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Contador detalha envio de sacolas de propina à casa dos Kirchner

Cristina Kirchner enfrenta seis processos por delitos como lavagem de dinheiro e vai depor pela segunda vez à Justiça no dia 25

Por Da Redação
Atualizado em 8 fev 2019, 17h44 - Publicado em 8 fev 2019, 17h07

Em depoimento à Promotoria de Justiça de Buenos Aires, o contador Víctor Mazanares detalhou o esquema de envio de sacolas com dinheiro de corrupção, no avião presidencial Tango 1, à residência de Néstor e Cristina Kirchner em Río Gallegos, na província de Santa Cruz. Manzanares assinou um acordo de delação premiada e se tornou colaborador da investigação do escândalo “Caderno das Propinas”.

O depoimento do contador da família Kirchner complica a situação da ex-presidente da Argentina e senadora Cristina, investigada como chefe do esquema de corrupção que envolvia construtoras e os colaboradores de seu governo, entre os quais o ex-ministro do Planejamento, Julio De Vido. Ela deverá depor pela segunda vez, no próximo dia 25, ao juiz Claudio Bonadío, responsável pelo inquérito do “Caderno das Propinas”.

Segundo o jornal Clarín, Manzanares afirmou ao promotor Carlos Stornelli que as operações de lavagem desse dinheiro no exterior movimentou 53,2 milhões de dólares, que proporcionaram a compra de 16 imóveis nos Estados Unidos e a criação de 15 empresas imobiliárias.

O esquema de transporte do dinheiro envolvia Carlos Muñoz, secretário particular de Néstor Kirchner, presidente da Argentina entre 2003 e 2007. Muñoz recebia as sacolas e malas de dinheiro e viajava em aviões oficiais, especialmente no presidencial Tango 1, para Río Gallegos e El Calafate. Nesta última cidade, o dinheiro era entregue ao jardineiro dos Kirchner, Ricardo Barreiro.

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As sacolas seguiam para uma das casas do casal Kirchner. Em Río Gallegos, no imóvel localizado na esquina da Rua 25 de Março, conforme depôs Manzanares. A casa foi alvo de busca e apreensão no ano passado, como parte das investigações chamadas de “Rota do Dinheiro de K”. Foi encontrada completamente vazia. Cristina Kirchner mantém outra casa para suas visitas, na Rua Mascarello, e sua sogra continua vivendo em na esquina das ruas Maipú e 25 de Maio.

Aos 65 anos, Cristina Kirchner é a figura mais popular de uma fragmentada oposição argentina e possível candidata às eleições presidenciais de outubro. Como senadora, ela tem de foro parlamentar, que a protege de uma prisão preventiva.

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No total, Cristina enfrenta seis casos por delitos como lavagem de dinheiro, administração fraudulenta, acobertamento e associação ilícita. Ela se diz perseguida política e, em todos os seus depoimentos, preferiu entregar seus argumentos em forma de texto escrito.

O caso dos “cadernos das propinas” eclodiu com o depoimento do ex-motorista Oscar Centeno, que teria realizado várias das viagens para entrega de dinheiro ilícito entre 2005 e 2015. Entre os locais de entrega estavam a Casa Rosada, a sede do governo argentina, e a Quinta de Olivos, a residência presidencial.

Centeno, que trabalhou para o então vice-ministro de Planejamento, Roberto Baratta, entregou à Justiça um detalhado caderno no qual registrara os percursos feitos durante dez anos para a entrega de sacolas com milhões de dólares. Desde o início do processo judicial, 20 empresários e oito ex-funcionários kirchneristas foram condenados à prisão.

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