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Conservadores franceses criticam possível aliança com extrema direita

Para conquistar a maioria absoluta no Parlamento, partidos franceses estão em busca de alianças para a disputa das eleições legislativas antecipadas

Por Da Redação
Atualizado em 11 jun 2024, 17h42 - Publicado em 11 jun 2024, 13h03

O líder do partido conservador francês Os Republicanos (LR), Eric Ciotti, provocou críticas de apoiadores após propor, nesta terça-feira, 11, uma aliança entre os candidatos do seu partido e do partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, na disputa das eleições legislativas antecipadas que acontecerão em 30 de junho e 7 de julho.

“Dizemos as mesmas coisas, então vamos parar de inventar uma oposição imaginária”, disse Ciotti à emissora TF1. “Isso é o que a grande maioria dos nossos eleitores quer. Eles nos dizem ‘chegar a um acordo’.”

Apesar de estar liderando as pesquisas de intenção de voto, o RN está em busca de aliados para conquistar a maioria absoluta no Parlamento e reagiu bem à proposta de Ciotti. O partido anti-imigração e eurocético liderado por Jordan Bardella e Marine Le Pen se consolidou como a maior oposição ao presidente Emmanuel Macron.

No entanto, a ideia não foi bem aceita por todos os membros do partido. Diversos políticos do LR repudiaram a possível aliança com o partido de extrema direita e uma fonte parlamentar do LR estimou que apenas cerca de um sexto dos legisladores do partido aceitariam o acordo.

“O que Eric Ciotti diz é válido apenas para ele, ele deve deixar a liderança dos republicanos”, disse Olivier Marleix, que lidera o grupo LR na câmara baixa do Parlamento. 

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Em um movimento político arriscado, o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições legislativas neste domingo, 7, após a derrota de seu partido para o RN, que obteve 31,5% dos votos, nas eleições para o Parlamento Europeu. A decisão inesperada abre espaço para a ascensão da extrema direita, mas também pode resultar na conquista da maioria absoluta da coalizão da qual Macron faz parte.

À esquerda

Os partidos de esquerda divididos também têm se movimentado para formar alianças rapidamente e nomear candidatos conjuntos para as próximas eleições, em busca de conquistar a maioria absoluta e manter a extrema direita fora dos grandes cargos de poder. No entanto, ainda não chegaram a um acordo sobre as possíveis alianças. 

O ministro do Interior do governo Macron, Gerald Darmanin, reagiu ao comentário de Ciotti, afirmando que a proposta de aliança o lembrava dos acordos de Munique de 1938 assinados pela França e pelo Reino Unido com a Alemanha nazista. 
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