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Conselho de Segurança da ONU aprova resolução para cessar-fogo em Gaza

A resolução, apresentada pelos Estados Unidos, foi aprovada por 14 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, feita pela Rússia

Por Da Redação
Atualizado em 10 jun 2024, 18h22 - Publicado em 10 jun 2024, 16h59

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta segunda-feira, 10, uma proposta de cessar-fogo para o conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas na Faixa de Gaza, que inclui também a libertação de reféns israelenses.

A resolução, apresentada pelos Estados Unidos, foi aprovada por 14 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, feita pela Rússia.

A resolução, vista pela rede americana CNN mais cedo nesta segunda-feira, afirma que o Conselho de Segurança “acolhe com satisfação a nova proposta de cessar-fogo anunciada em 31 de maio, que Israel aceitou, apela ao Hamas para que também a aceite, e insta ambas as partes a implementarem integralmente os seus termos sem demora e sem condição”.

Segundo o porta-voz da missão americana na ONU, Nate Evans, a proposta “traria um cessar-fogo total e imediato com a libertação de reféns”.

“Estamos esperando que o Hamas concorde com o acordo de cessar-fogo que afirma querer”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao conselho antes da votação. “A cada dia que passa, o sofrimento desnecessário continua.”

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A resolução também detalha a proposta e especifica que “se as negociações demorarem mais de seis semanas para a primeira fase, o cessar-fogo continuará enquanto as negociações continuarem”.

A proposta apresentada pelo governo dos EUA teve endosso do Brasil e de outros 14 países em uma declaração conjunta publicada na semana passada. “É hora de a guerra acabar e esse acordo é o ponto de partida necessário”, diz o texto, que também foi assinado pelos líderes de Alemanha, Áustria, Bulgária, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Espanha, França, Polônia, Portugal, Reino Unido, Romênia, Sérvia e Tailândia.

Em nota, o Itamaraty afirmou que a declaração está em linha com a posição já manifestada pelo Brasil, de reiterar que “Israel e Hamas estão obrigados, por determinação da Corte Internacional de Justiça, a cessar as hostilidades em Rafah, a libertar incondicional e imediatamente os reféns e a permitir ajuda humanitária aos civis em Gaza afetados pelo conflito”.

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Em 31 de maio, Biden apresentou uma nova proposta de cessar-fogo em Gaza que inclui a libertação dos reféns de ambos os lados e “um grande plano de reconstrução para Gaza” em meio ao avanço das tropas israelenses na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

No entanto, Israel e Hamas mantiveram suas posições duras em relação a um acordo de cessar-fogo. Na semana passada, Netanyahu afirmou que não haverá cessar-fogo permanente em Gaza até que o Hamas seja destruído. “Estamos comprometidos com a vitória total”, disse ele.

As tropas israelenses seguem avançando na cidade de Rafah, que abrigava mais de 1 milhão de palestinos antes do ataque no mês passado. Na semana passada, os ataques israelenses se expandiram para o centro da Faixa de Gaza, onde 274 palestinos foram mortos em uma operação de resgate de reféns neste sábado, 9.

O Hamas exige o fim permanente da guerra e a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza. “Qualquer acordo deve garantir o fim permanente da agressão e uma retirada completa da Faixa de Gaza, a reconstrução, o levantamento do bloqueio e um acordo de troca sério”, disse o grupo. 

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