Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Como será o cessar-fogo entre Israel e Hezbollah no Líbano

Espera-se que a trégua entre em vigor nesta quarta-feira, 27, após uma reunião do governo libanês para oficializar seu endosso à proposta

Por Da Redação Atualizado em 26 nov 2024, 18h27 - Publicado em 26 nov 2024, 18h10

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou nesta terça-feira, 26, um cessar-fogo com a milícia libanesa Hezbollah. Mediada por Estados Unidos e França, a trégua acontece pouco mais de dois meses após escalada da violência no Líbano, impulsionada por uma série de explosões de pagers e walkie-talkies pela Inteligência israelense. Foi estopim do clima de hostilidade na região, ameaçando uma guerra total.

Espera-se que o cessar-fogo entre em vigor nesta quarta-feira, 27, após uma reunião do governo libanês para oficializar o endosso à proposta. A declaração exige que os soldados israelenses se retirem do sul do Líbano, um reduto do Hezbollah, e que o exército libanês se posicione na região, num prazo de 60 dias. Com isso, a milícia abandonaria a área da fronteira com Israel ao sul do Rio Litani.

O exército do Líbano cumprirá um papel central no acordo: será o único corpo armado no sul e passará a controlar, na teoria, todas as atividades armadas do país. A implementação da trégua, por sua vez, será monitorada pelo governo libanês e por uma força-tarefa internacional, com soldados de paz franceses, sob comando dos EUA.

O presidente americano, Joe Biden, apresentou mais detalhes do plano em declaração nesta terça-feira. Segundo ele, a trégua será efetiva a partir das 4h da manhã no horário de Israel (23h desta terça-feira no horário de Brasília). Biden enfatizou que civis de ambos os lados “logo poderão retornar com segurança às suas comunidades e começar a reconstruir suas casas, suas escolas, suas fazendas, seus negócios e suas próprias vidas”.

“Isso foi projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades”, ele acrescentou. “Ao que resta do Hezbollah e de outras organizações terroristas não será permitido, enfatizo, não será permitido, ameaçar a segurança de Israel novamente.”

Continua após a publicidade

Com isso, a expectativa é de que o Hezbollah perca o controle militar da região e não consiga recuperar o vigor mesmo após o fim do acordo. Mas, caso o cenário se concretize, o grupo libanês pode mudar sua área de influência.

“O Hezbollah pode ser compelido a mudar seu foco para dentro, buscando garantir sua relevância dentro do estado libanês em vez de por meio de operações militares externas, posicionando-se assim para um papel na formação do futuro cenário político do Líbano”, disse Imad Salamey, professor de ciência política na Universidade Libanesa Americana, à emissora árabe Al Jazzera. 

+ Israel aprova acordo de cessar-fogo com Hezbollah

Continua após a publicidade

Ceticismo dos moradores

A pausa também permitiria que os moradores do sul do Líbano retornem às suas casas — isso se as residências tiverem permanecido de pé em meio aos intensos bombardeios israelenses, responsáveis pela massiva destruição na área. O ceticismo toma conta dos habitantes do norte de Israel, que pensam duas vezes antes de retornar aos seus lares pela descrença de que o cessar-fogo será respeitado por completo, de acordo com a Al Jazeera.

“Sem um acordo político abrangente envolvendo o Irã (que apoia o Hezbollah e o Hamas), o cessar-fogo corre o risco de ser uma medida temporária”, acrescentou Salamey. 

No anúncio da trégua, Netanyahu já tratou sobre o possível descumprimento do trato. Ele advertiu que as Forças de Defesa de Israel (FDI) “responderão com força” a qualquer violação do pacto pela milícia libanesa e que “a duração do cessar-fogo dependerá do que acontecer no Líbano”. A declaração parece ter sido uma espécie de aceno à sua coalizão governista, cujos membros ultrarreligiosos de extrema direita eram contra o fim do conflito até que o Hezbollah fosse eliminado.

“Se o Hezbollah violar o acordo e tentar se rearmar, atacaremos”, ele prometeu. “Se tentar reconstruir a infraestrutura terrorista perto da fronteira, atacaremos. Se disparar um foguete, se cavar um túnel, se trouxer um caminhão com mísseis, atacaremos. A cada violação, responderemos com força”, completou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.