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Como o conflito na Ucrânia está se tornando uma ‘guerra tecnológica’

Além das armas tradicionais, russos e ucranianos apostam em 'exército de drones', sistemas de satélite e equipamentos de rádio para reforçar seus arsenais

Por Da Redação 8 jul 2022, 17h15

O governo da Ucrânia lançou nesta sexta-feira, 8, uma campanha para arrecadar fundos para a compra de drones militares. Utilizado também pelas forças russas, os aparelhos eletrônicos têm se tornado cada vez mais presentes no campo de batalha.

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Em entrevista à BBC, o ministro da transformação digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, disse que o primeiro objetivo do projeto, chamado “exército de drones”, era comprar aparelhos aéreos com alcance de 160 quilômetros e equipados com uma câmera sofisticada, GPS e ferramentas de mapeamento.

A Ucrânia espera coletar milhares de drones comerciais e multiuso. Atendendo à convocação, dezenas de pessoas doaram seus próprios drones à campanha, que já arrecadou 5,7 milhões de euros (R$ 3o milhões), segundo Fedorov.

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A principal vantagem do uso da tecnologia na guerra é monitorar constantemente a linha de frente de 2.470 km de comprimento e “apresentar uma resposta eficaz aos ataques inimigos”, explicou o comandante das forças armadas ucranianas, Oleksii Noskov.

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O pesquisador Justin Bronk do Royal United Services Institute (RUSI), entidade britânica de defesa e segurança, afirma que tanto as forças da Ucrânia quanto da Rússia estão adaptando suas táticas de combate a novos dispositivos.

“Ambos foram capazes de explorar muito rapidamente essa imagem de vídeo, que detecta a posição ao vivo do inimigo, para ordenar ataques e corrigi-los rapidamente. Isso torna a ofensiva muito mais precisa” disse o especialista.

Bronk acrescentou que os ucranianos, em particular, têm sido muito inventivos em encontrar maneiras de obter e usar drones comerciais e militares e que até mesmo civis têm operado os aparelhos no país.

“Um grande número de operadores voluntários que se juntaram às forças ucranianas também estão fazendo a diferença, fornecendo inteligência aérea em toda a linha de frente”, afirmou.

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De acordo com informações do governo, o “exército de drones” é um programa complexo que envolve aquisição, manutenção e substituição, bem como treinamento de pilotos, que controlam remotamente o veículo aéreo.

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Segundo Valerii Iakovenko, cofundador da empresa ucraniana DroneUA, fornecedora do governo desde antes da guerra, disse à BBC que os drones, juntamente com o sistema de internet por satélite Starlink de Elon Musk e equipamentos de rádio profissionais, estão agora entre as tecnologias mais procuradas.

Mais letal que os drones comerciais, o chamado “drone Kamikaze”, também tem sido usado na guerra nos últimos meses. Equipado com explosivos, a aeronave cabe em uma mochila e é projetada para atacar pessoas e veículos leves em uma distância de até 10 km.

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Segundo autoridades ucranianas, o veículo foi utilizado para bombardear as cidades de Krasnopillya e Shostka, situadas na fronteira com a Rússia, deixando quatro feridos.

Segundo a agência de notícias Bloomberg, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está em processo de compra deste tipo de dispositivo para a Ucrânia, como parte dos esforços para ajudar o país a combater a invasão russa.

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