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Com apoio da China, ONU amplia sanções à Coreia do Norte

A resolução aprovada pelo Conselho de Segurança é a primeira do tipo acertada entre os Estados Unidos e a China desde que Trump chegou à Casa Branca

Por Da redação
2 jun 2017, 22h27

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou de fora unânime nesta sexta-feira uma resolução que amplia as sanções econômicas impostas à Coreia do Norte por seu programa balístico e nuclear, que o país vem intensificando apesar das advertências das Nações Unidas. A resolução é a primeira do tipo acertada entre os Estados Unidos e a China desde que o presidente americano Donald Trump chegou à Casa Branca.

O governo Trump tem pressionado a China, única aliada de Pyongyang, para que o país contenha seu vizinho, alertando que todas as opções estão na mesa se a Coreia do Norte insistir com seus programas nuclear e de mísseis. A China votou a favor da resolução, mas destacou que o diálogo é a melhor forma de resolver a crise.

O acréscimo de nomes à lista negra da ONU – um grupo que fica proibido de viajar e terá seus ativos congelados – é a sanção mínima que o Conselho de Segurança pode adotar e acontece depois de cinco semanas de negociações entre Estados Unidos e China.

O texto amplia a mais 15 indivíduos e quatro empresas ou instituições as sanções econômicas que havia impulsionado previamente ao regime de Pyongyang pelos testes para o desenvolvimento do seu programa atômico que vem realizando há uma década.

A resolução de hoje, com o número 2356, “condena nos termos mais enérgicos as atividades de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos”. O teste mais recente aconteceu no último dia 29 de maio.

O Conselho insta a Coreia do Norte a “abandonar todas as armas nucleares e os programas nucleares existentes de maneira completa, verificável e irreversível, e pôr fim de imediato às atividades conexas”. O documento menciona as medidas recolhidas na resolução 1718, que foi aprovada pelo Conselho de Segurança em 2006 por causa do primeiro teste nuclear que se conhece e que foi seguido de quatro mais, além de múltiplas provas balísticas.

Já nessa primeira resolução se fixava uma lista de pessoas e entidades sancionadas pela ONU com o congelamento dos seus ativos financeiros, além da proibição de viajar, que se ampliam a partir de hoje.

Na lista de sancionados que figura no anexo da resolução aprovada hoje está Cho Il U, “responsável pelas operações de espionagem no exterior e pela obtenção de informação por agentes estrangeiros” da Coreia do Norte. Também aparecem dirigentes do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, incluindo Choe Hwi, vice-diretor do Departamento de Propaganda e Agitação desse grupo politico. Também estão na lista, entre outros, responsáveis do escritório de energia atômica norte-coreano, um diretor bancário e um comerciante de armas.

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As sanções afetam ainda duas empresas suspeitas de estarem vinculadas com esse programa, bem como o Koryo Bank e a Força de Mísseis Estratégicos do Exército Popular da Coreia.

Durante a sessão, o representante do governo de Seul, Cho Tae-yul, que foi convidado à reunião, lembrou que o teste balístico de 29 de maio foi o nono deste ano e o terceiro do mês passado. “Essas provocações (…) não podem ser aceitas e deveriam receber uma resposta decidida”, disse o embaixador sul-coreano.

O texto aprovado pela ONU é divulgado um dia depois de o governo dos Estados Unidos anunciarem novas sanções econômicas contra a Coreia do Norte que afetam três indivíduos e seis empresas identificadas como fontes de financiamento do regime de Pyongyang.

(Com EFE)

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