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Com agenda na ONU, Mauro Vieira também tenta destravar tarifaço

Em Nova York para discutir a questão palestina, chanceler pode estender viagem a Washington caso Casa Branca abra canais de diálogo

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jul 2025, 09h39

O ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Mauro Vieira, desembarcou em Nova York nesta segunda-feira, 28, para uma conferência internacional de alto nível das Nações Unidas, cujas discussões serão centradas na criação de um Estado palestino em meio à guerra em Gaza. No entanto, o chanceler deve usar a visita aos Estados Unidos para tentar abrir diálogo com o governo americano a respeito do tarifaço que deve atingir o mundo a partir de 1º de agosto – com as maiores taxas, de 50%, reservadas ao Brasil.

Oficialmente, Vieira fica em Nova York, sede das Nações Unidas, até a terça-feira, 29, mas pode esticar a viagem até Washington, D.C., capital americana, caso houver sinalizações positivas de autoridades do governo de Donald Trump. Por enquanto, porém, não foi anunciado nenhum encontro bilateral.

Canais fechados

Em 9 de julho, o presidente americano anunciou uma taxação de 50% sobre todos os itens importados do país. De acordo com reportagem dos repórteres de VEJA Marcela Mattos e Bruno Caniato, desde então, auxiliares palacianos encontraram portas fechadas ao tentarem abrir canais com a Casa Branca em busca de reverter a medida.

Até aqui, o principal contato se deu entre o vice-presidente Geraldo Alckmin, alçado a negociador oficial do governo, e o secretário de Comércio Howard Lutnick, em conversa telefônica na última quinta-feira, 24. Do encontro, Alckmin relatou apenas ter tido uma conversa “proveitosa” na qual foi ressaltado o interesse do Brasil em negociar. O mesmo secretário americano confirmou, no fim de semana, que não haverá prorrogação alguma no prazo dado.

Em reuniões com empresários, o vice vinha defendendo um prazo adicional de 60 a 90 dias para o início da cobrança. Sem acesso a interlocutores da Casa Branca, o governo brasileiro tentou uma reação em cadeia, pedindo aos comerciantes brasileiros buscarem contato com importadores americanos para ressaltar o prejuízo com a taxação e convencê-los a pressionar o governo Trump do impacto negativo da medida.

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Nesta segunda-feira, 28, uma comitiva formada por oito senadores brasileiros terá suas primeiras agendas em solo americano com o objetivo de tratar do tarifaço. Pela manhã, o encontro será na residência oficial de Maria Luiza Viotti, embaixadora do Brasil em Washington, e contará com a presença de outros diplomatas.

À tarde, os congressistas participam de reuniões na Câmara Americana de Comércio ao lado de lideranças empresariais. Conforme material divulgado pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), haverá um painel específico para que sejam discutidos, além das tarifas, mecanismos de defesa comercial e perspectivas legislativas entre os dois países.

Interlocutores do governo repetem que as sanções de Trump têm um altíssimo componente político e que o país “não pode dar o que o republicano quer”, em referência ao pleito de dar fim ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Acordos comerciais

Nesta segunda-feira, o governo Trump anunciou o esboço de um acordo comercial com a União Europeia, que trocou um tarifaço de 30% a todos os seus produtos por uma taxa mais palatável, de 15%, com a contrapartida de mais investimentos no setor de energia americano.

Outros países que já lograram algum êxito nas negociações com a Casa Branca são Japão, Filipinas, Indonésia, Vietnã, e Reino Unido. A China também fechou, há poucos meses, um acordo inicial de trégua na guerra comercial entre as potências, que vinha escalando desde o início do ano.

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