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Columbia concorda em pagar mais de R$ 1,2 bi em acordo com governo Trump

Universidade fez concessões à Casa Branca, endurecendo ações disciplinares e prometendo combater antissemitismo, em meio a cruzada contra ensino superior

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jul 2025, 09h44

A Universidade Columbia, nos Estados Unidos, anunciou na noite de quarta-feira 23 um acordo com o governo do presidente Donald Trump, no âmbito do qual concordou em pagar mais de US$ 220 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhões) à administração para driblar a ameaça de cortes massivos de financiamento federal. A faculdade da Ivy League, a torre de marfim do ensino superior americano, também fez outras concessões extraordinárias, em meio a uma guerra que Trump trava com instituições de educação.

Segundo o acordo, Columbia pagará US$ 200 milhões ao governo federal ao longo de três anos e US$ 21 milhões imediatamente, para encerrar meia dúzia de investigações abertas por supostas violações de direitos civis movidas pela Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos Estados Unidos. No início do ano, Trump suspendeu temporariamente repasses à universidade, alegando que o campus falhou em reprimir atos e sentimentos antissemitas durante protestos contra a guerra em Gaza.

Além disso, o pacto codifica uma série de demandas do governo Trump, com as quais Columbia já havia concordado em março, incluindo a revisão dos seus processos disciplinares estudantis, a adoção de uma nova definição de antissemitismo e medidas para reduzir “agitação” no campus (na terça-feira, a universidade anunciou que havia disciplinado mais de setenta alunos por participarem de um protesto em maio contra a guerra em Gaza). A instituição também se comprometeu a seguir as leis que proíbem a consideração da raça de candidatos no processo de admissão de alunos e contratação de funcionários.

+ Governo Trump intensifica ofensiva contra Harvard e abre investigação sobre intercâmbios

Em troca, a Casa Branca restabelecerá US$ 400 milhões em fundos federais à instituição. O andamento das medidas será supervisionado por um monitor independente, que fará relatórios de progresso ao governo a cada seis meses.

“Este acordo marca um importante avanço após um período de escrutínio federal sustentado e incerteza institucional”, disse a reitora interina da universidade, Claire Shipman. Em uma declaração a ex-alunos em junho, ela havia afirmado que Columbia corria risco, devido aos cortes, de atingir “um ponto crítico em termos de preservação de nossa excelência em pesquisa e do trabalho que realizamos pela humanidade”.

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Embora Trump tenha comemorado a vitória, o pacto ficou aquém de algumas das exigência mais restritivas do republicano, como uma reformulação da estrutura de governança da universidade – com supervisão da Casa Branca.

Cruzada contra universidades

Este é o primeiro trato entre uma universidade e o governo Trump desde que o presidente americano iniciou uma renhida batalha para subjugar instituições de ensino superior de elite, que o presidente americano descreveu como “o inimigo”. A Casa Branca congelou bilhões de dólares em bolsas de pesquisa e contratos de escolas na tentativa de forçar reitores a aceitarem uma extensa lista de demandas. A Universidade Harvard foi a única, até agora, a levar a administração à Justiça.

Na segunda-feira, começou o julgamento do caso em que Harvard argumenta que Trump violou a lei ao cortar US$ 2,6 bilhões em financiamento para a instituição, em razão do que descreveu como um padrão de atos ideológicos para remodelar o ensino superior à sua imagem e semelhança.

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Em entrevista a VEJA, Lee Bollinger, ex-reitor de Columbia, afirmou que Trump viola a Primeira Emenda dos Estados Unidos, que diz respeito à liberdade de expressão, ao arbitrar o que pode ou não ocorrer nos campi usando fundos federais como ameaça.

“Nunca vi nenhum governo tentar pôr a mão em decisões que pertencem à universidade como ocorre hoje. Quando as autoridades dizem “você não pode enveredar por tal caminho porque eu não gosto”, violam um princípio sobre o qual se ergueu a própria identidade dos Estados Unidos — o da liberdade radical de pensamento de qualquer natureza. Mais inaceitável ainda é fazê-lo sob a ameaça de subtração de verbas”, disse Bollinger.

Em abril, a Casa Branca também ameaçou congelar US$ 510 milhões em bolsas para a Universidade Brown, citando motivos semelhantes (antissemitismo), e levantou a possibilidade de cortar o financiamento para Cornell, Northwestern, Universidade da Pensilvânia e Princeton.

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