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Coalizão ultradireitista de Netanyahu ameaça motim por cessar-fogo em Gaza

Rascunho final de acordo foi entregue a Israel e ao Hamas após 'avanço' e pode ser finalizado em breve no Catar, gerando pressão sobre premiê israelense

Por Redação 14 jan 2025, 09h08

Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança de Israel, ameaçou nesta terça-feira, 14, deixar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se ele der aval a um acordo de cessar-fogo em Gaza, que pode ser finalizado em Doha, no Catar, em breve. Parte da coalizão de extrema direita que sustenta o premiê, ele também pediu que o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, se juntasse a ele no motim.

A saída de Ben-Gvir do governo não derrubaria o governo de Netanyahu por si só. Mas se Smotrich adotar a mesma postura, isso poderia impedir o avanço do acordo de trégua, que o ministro da Segurança descreveu como uma chancela perigosa ao grupo terrorista palestino Hamas.

“Este movimento é nossa única chance de impedir a finalização (do acordo) e impedir a rendição de Israel ao Hamas, após mais de um ano de guerra sangrenta, na qual mais de 400 soldados das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) caíram na Faixa de Gaza, e garantir que suas mortes não sejam em vão”, disse Ben-Gvir no X, antigo Twitter.

Na segunda-feira, Smotrich disse que se opõe ao acordo, mas não ameaçou abandonar a coalizão de Netanyahu. Espera-se que a maioria dos ministros apoie o acordo de cessar-fogo, que detalha a interrupção dos combates em Gaza e a libertação de reféns em posse do Hamas em troca de palestinos detidos em prisões israelenses em uma série de fases.

Ben-Gvir ecoou as observações de Smotrich, que na segunda-feira defendeu que Israel deveria manter sua campanha militar em Gaza até a rendição completa do Hamas, cujo ataque de 7 de outubro de 2023 causou a guerra.

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Cerca de 1.200 pessoas foram mortas no fatídico ataque, e mais de 250 outras foram feitas reféns. Desde então, mais de 46 mil palestinos foram mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas, sendo que 70% das vítimas são civis, revelou uma contagem das Nações Unidas. Grande parte do enclave também foi devastada e mais de 90% da população, que antes da guerra era de 2,3 milhões de pessoas, foi deslocada internamente.

Os Estados Unidos, o Catar e o Egito têm mediado negociações de cessar-fogo e, apesar de meses de impasse, autoridades de ambos os lados indicaram que uma finalização pode ser iminente.

Algumas famílias dos reféns se opõem ao acordo, porque temem que o cessar-fogo não perdure por todas as fases e apenas alguns dos 98 cativos (dos quais apenas uma parte ainda está viva) seja libertada. Mas pesquisas de opinião sucessivas mostram amplo apoio entre o público israelense para a trégua.

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