‘CNN’, ‘NYT’ e outros veículos são barrados na Casa Branca
Jornalistas foram proibidos de participar de uma coletiva de imprensa com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer
Jornalistas de diversos veículos da imprensa dos Estados Unidos, como a emissora CNN, os jornais The New York Times e Los Angeles Times e os sites Politico e Buzzfeed, além de boa parte dos correspondentes estrangeiros, foram proibidos de participar de uma entrevista coletiva do porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, nesta sexta-feira. A agência de notícias Associated Press e a revista Time não quiseram comparecer ao evento, em boicote à decisão das autoridades de barrar parte da imprensa.
Por meio de um comunicado, a CNN chamou o ocorrido de “inaceitável: “Aparentemente, é assim que a Casa Branca retalia quando você divulga fatos que eles não gostam. Independente do que aconteceu, vamos continuar divulgando”.
A jornalista da CNN Sara Murray contou que aguardava na fila para entrar na sala onde ocorreria a coletiva quando foi informada da existência de uma lista de participantes, que a jornalista descreveu como um fato “atípico”. “Nós incluímos nossos nomes nessa lista, porém, quando nos dirigimos ao local da coletiva, fomos bloqueados por um funcionário da Casa Branca, que informou que não estávamos na lista para o evento hoje”, disse Sara.
As redes NBC, ABC, FOX e CBS entraram na sala para acompanhar o pronunciamento seguido de perguntas dos jornalistas, realizado periodicamente pelo porta-voz da Casa Branca à imprensa.
Críticas
Mais cedo, em discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), o principal encontro dos republicanos nos Estados Unidos, Trump voltou a atacar a imprensa. “Estamos combatendo as notícias falsas. São falsas, mentiras, falsas. Há poucos dias chamei as notícias falsas de inimigas do povo, e elas são”, afirmou.
“Temos que lutar contra eles. Os veículos de imprensa são muito inteligentes, muito astutos e desonestos (…). Ficam irritados quando expomos suas notícias falsas”, indicou o presidente no fórum.