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Clã Kennedy se une contra campanha presidencial de membro da família

John F. Kennedy, do Partido Democrata, é criticado por comentários antissemitas ligados à sua postura antivacina

Por Da Redação
Atualizado em 18 jul 2023, 12h13 - Publicado em 18 jul 2023, 11h40

O clã Kennedy, dos Estados Unidos, se juntou à Casa Branca nesta terça-feira, 18, para condenar as falas de um dos membros da família, John Kennedy Jr., pré-candidato do Partido Democrata às eleições presidenciais do país. Em um jantar na cidade de Nova York, ele alegou que o coronavírus foi “projetado” para atacar negros e caucasianos, enquanto pouparia judeus e chineses, adicionando uma nova nuance à sua conhecida postura antivacina.

Os comentários do político foram capturados em vídeo e publicados pelo jornal americano New York Post no sábado 15, gerando acusações de racismo e antissemitismo. Sobrinho do ex-presidente assassinado John F. Kennedy, ele sugeriu que a Covid-19 foi criada como arma biológica pela China para “atacar caucasianos e negros”.

“Há um argumento de que [o vírus] é etnicamente direcionado. A Covid-19 ataca certas raças de forma desproporcional”, declarou. “As pessoas mais imunes são os judeus Ashkenazi e os chineses”.

Em coletiva de imprensa na tarde de segunda-feira 17, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, criticou os comentários.

“As afirmações feitas nessa gravação são falsas. É insano”, disse. “Elas colocam nossos compatriotas em perigo, se você pensar nas teorias de conspiração racistas e antissemitas que surgem ao dizer esse tipo de coisa. É um ataque aos nossos concidadãos, nossos compatriotas americanos. Então é importante que a gente se manifeste.”

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Os parentes de Kennedy foram às redes sociais para se juntar à condenação.

“Condeno veementemente os comentários deploráveis e falsos de meu irmão na semana passada sobre a Covid-19 sendo projetada para segmentação étnica”, escreveu sua irmã, Kerry Kennedy, presidente do grupo de defesa dos direitos humanos Robert F. Kennedy, nomeado em homenagem ao seu pai, que foi procurador-geral dos Estados Unidos e também assassinado.

“Suas declarações não representam o que eu acredito ou o que os direitos humanos de Robert F. Kennedy representam, com nosso histórico de mais de 50 anos de proteção de direitos e posição contra o racismo e todas as formas de discriminação”, completou.

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Sua repreensão foi repetida pelo ex-congressista democrata de Massachusetts Joe Kennedy III, sobrinho do advogado que está desafiando o atual presidente americano, Joe Biden, para a indicação do Partido Democrata no ano que vem.

“Os comentários do meu tio foram dolorosos e errados. Eu condeno inequivocamente o que ele disse”, escreveu o jovem Kennedy, enviado especial dos Estados Unidos à Irlanda do Norte, no Twitter.

John Kennedy Jr., conhecido por suas teorias da conspiração sobre vacinas, também já disse, apesar de ter se retratado em seguida, que tinha “conversas com pessoas mortas” todos os dias. Na segunda-feira, ele também foi criticado pelos democratas da Câmara.

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“Estes são comentários profundamente preocupantes e quero deixar claro que eles não representam as opiniões do Partido Democrata”, disse Jaime Harrison, presidente do Comitê Nacional Democrata, em um tuíte.

Enquanto isso, Kyle Herrig, diretor executivo do projeto de integridade do Congresso, escreveu ao republicano de Ohio, Jim Jordan, presidente do subcomitê da Câmara sobre o armamento do governo federal, pedindo que Kennedy fosse desconvidado de uma audiência marcada para a próxima quinta-feira, 20.

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