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Cidades de Porto Rico continuam isoladas após furacão Maria

Muitos cidadãos estão sem acesso a água, alimentos, gasolina e até mesmo cédulas de dinheiro

Por Da redação
25 set 2017, 16h34

Cinco dias após a passagem do furacão Maria por Porto Rico, que deixou toda a ilha sem energia elétrica e incomunicável, algumas cidades na região da capital San Juan permanecem totalmente isoladas do resto do país e do mundo. Autoridades americanas e de outras nações encontram muita dificultada em acessar a ilha para levar ajuda humanitária.

Muitos cidadãos estão sem acesso a água, alimentos, gasolina e até mesmo cédulas de dinheiro. Segundo o New York Times, o restabelecimento da energia elétrica pode levar de quatro a seis meses.

O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, pediu mais assistência do governo federal dos Estados Unidos, principalmente para a aplicação dos serviços de policiamento e transporte de pessoas e suprimentos. “Nós ainda precisamos de mais ajuda”, disse no domingo. “Isso não pode ser minimizado. Não podem deixar de olhar para nós agora que a tempestade passou, porque o perigo se esconde”.

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Para as autoridades americanas que tentam responder aos chamados, a situação enfrentada por Porto Rico e pelas Ilhas Virgens americanas é muito mais complexa e desafiadora do que aquela encarada pela Flórida e pelo Texas após a passagem dos furacões Irma e Harvey. O acesso às ilhas se tornou muito difícil, já que a maioria dos aeroportos e portos marítimos foram extremamente danificados.

Ainda que enormes quantidades de comida, água, combustível e outros suprimentos tenham sido direcionados pelas agências governamentais americanas e por outras organizações privadas ao país, o processo de entrega e distribuição está muito prejudicado. Mais doações e comboios de ajuda humanitária devem ser enviados nos próximos dias, porém encontrarão os mesmos obstáculos.

Segundo o jornal Washington Post, o Porto de San Juan já voltou a ser utilizado durante o dia, porém outros portos ainda estão fechados, no aguardo de inspeções de segurança. Muitas rodovias estão bloqueadas, impedindo a passagem dos comboios. O Departamento de Transportes americano já reabriu cinco aeroportos em Porto Rico e dois nas Ilhas Virgens, mas apenas para uso militar e de esforços humanitários.

Na cidade de Junos, no leste da ilha, muitas casas foram destruídas e centenas de outras construções sofreram algum tipo de dano, segundo o prefeito Alfredo Alejandro. Quatro rodovias estão inacessíveis para carros e duas pontes desmoronaram. Praticamente todos os telhados da cidade foram levantados e boa parte dos prédios do governo devastados.

De acordo com o Post, apenas dois postos de gasolina funcionam na cidade e as filas para abastecer se estendem por mais de 800 metros. Um único supermercado estava aberto no domingo e os funcionários deixavam somente 10 pessoas entrarem na loja por vez. Os moradores, que ficaram na fila por horas, podiam comprar apenas alimentos racionados. Nenhum banco ou caixa eletrônico está funcionando.

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Além das preocupações com a sobrevivência básica, as autoridades locais temem que a barragem da represa de Guajataca, no noroeste do país, se rompa nos próximos dias. Cerca de 70.000 pessoas foram desalojadas das cidades próximas desde sexta-feira, fugindo dos estragos que podem ser provocados pela ruptura.

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