Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

China revoga extradição entre Hong Kong e três países ocidentais

Medida acontece em resposta à reação de Canadá, Reino Unido e Austália contra lei imposta por Pequim no território semi-autônomo

Por Da Redação Atualizado em 28 jul 2020, 13h03 - Publicado em 28 jul 2020, 12h43

A China anunciou nesta terça-feira, 28, a suspensão de tratados de extradição entre Hong Kong e Canadá, Austrália e Reino Unido, em resposta às decisões similares dos países envolvendo sua controversa nova lei de segurança. Segundo críticos, a lei, em vigor no território semi-autônomo desde 30 de junho, coíbe as liberdades civis e os direitos humanos e pode abrir espaço para que pessoas extraditadas para Hong Kong sejam julgadas na China continental.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse ter suspendido acordos de assistência criminal, incluindo extradição, à medida que os países ocidentais estão “politizando cooperação judicial”. Os três países já haviam cancelado unilateralmente seus acordos com o território após a imposição da lei por parte de Pequim.

ASSINE VEJA

Os ‘cancelados’ nas redes sociais
Os ‘cancelados’ nas redes sociais Leia nesta edição: os perigos do tribunal virtual. E mais: nova pesquisa sobre as eleições presidenciais de 2022 ()
Clique e Assine

“Essas ações equivocadas […] prejudicaram gravemente as bases da cooperação judiciária”, disse o porta-voz da Chancelaria chinesa, Wang Wenbin, à imprensa.

Um porta-voz do governo de Hong Kong ecoou as falas de Pequim, classificando as medidas adotadas pelos três países como “uma grave interferência nas questões internas da China e uma grave violação da lei internacional e das normas básicas”. 

Continua após a publicidade

Vários países ocidentais, com os Estados Unidos à frente, pediram à China que recuasse em relação à lei de segurança nacional em Hong Kong.

Nesta terça, a União Europeia afirmou que deve limitar a exportação de equipamentos que podem ser usados para fins de vigilância e repressão em Hong Kong, segundo fontes diplomáticas ouvidas pela AFP. A decisão ainda precisa ser formalmente aprovada pelo bloco. Na semana passada, o bloco já havia aprovado sanções e revisão de acordos de vistos com o território. 

O bloco afirma que a lei imposta por Pequim não respeita o princípio de “um país, dois sistemas”, acordado com a transferência da soberania do território em 1997 do Reino Unido para a China. 

Continua após a publicidade

A nova lei permite repressão a quatro tipos de crimes contra a segurança do Estado: atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras, com sentenças que podem chegar a prisão perpétua. A oposição pró-democracia local também teme que a nova legislação cause um sério revés nas liberdades do território de 7,5 milhões de habitantes. 

Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou o tratamento comercial especial concedido pelos Estados Unidos ao território. Assim, Hong Kong passou a estar sujeita às mesmas sanções americanas impostas contra a China continental. Trump, no mesmo dia, ainda assinou um pacote de sanções – como concessão de vistos – contra algumas autoridades chinesas responsáveis por implementar a lei de segurança nacional. 

 

Em alusão a esta medida do governo americano, parlamentares britânicos pressionaram na semana passada seu ministro das Relações Exteriores por sanções direcionadas contra indivíduos. 

Continua após a publicidade

A China, que enfrenta outra discussão diplomática com o Reino Unido referente à regulamentação da tecnologia 5G, já ameaçou responder à altura caso cidadãos chineses sofram retaliações pelo governo britânico.

“Se o governo do Reino Unido for tão longe [ao ponto de] impor sanções a qualquer indivíduo na China, [o governo chinês] certamente dará uma resposta ferrenha”, ameaçou o embaixador da China no Reino Unido, Liu Xiaoming, em uma entrevista à emissora britânica BBC no domingo 19.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.