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China pede que EUA ‘parem de reclamar’ sobre tarifas em meio à guerra comercial

Partido Comunista Chinês acusa Trump de 'enganar o público americano' e Washington de só manter padrão de vida por pegar 'carona' na globalização

Por Sara Salbert Atualizado em 16 abr 2025, 16h23 - Publicado em 16 abr 2025, 09h58

A China pediu nesta terça-feira 15 que os Estados Unidos “parem de reclamar” sobre serem vítimas de tarifas “injustas”, em meio a uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O China Daily, veículo de comunicação em inglês do Partido Comunista Chinês (PCC), publicou um editorial acusando o presidente Donald Trump de estar “enganando o público americano” com suas frequentes alegações de que parceiros comerciais estão “roubando” de Washington. 

“Os Estados Unidos não estão sendo enganados por ninguém”, disse o texto. “O problema é que os Estados Unidos vivem acima de suas possibilidades há décadas. Consomem mais do que produzem. Terceirizaram sua produção e tomaram dinheiro emprestado para ter um padrão de vida mais alto do que o devido com base em sua produtividade. Em vez de serem ‘enganados’, os Estados Unidos estão pegando carona no trem da globalização.”

Trump, por sua vez, disse na terça-feira que “a bola está na quadra da China” no que diz respeito a evitar o pior numa guerra comercial, segundo declaração emitida pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. “A China precisa fazer um acordo conosco. Não precisamos fazer um acordo com eles”, disse o comunicado. “Não há diferença entre a China e qualquer outro país, exceto que eles são muito maiores.”

O Ministério das Relações Exteriores chinês reagiu na quarta-feira, alegando que foi Washington quem começou a guerra comercial e que Pequim deixou claro que não queria briga, mas que também não tinha medo.

“Se os Estados Unidos realmente querem resolver a questão por meio do diálogo e da negociação, devem parar de exercer pressão extrema, parar de ameaçar e chantagear, e conversar com a China com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo”, disse o porta-voz do ministério, Lin Jian.

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O PCC, até o momento, dispensou as ofertas para negociar com o presidente americano. Sem apresentar nenhuma justificativa, nesta quarta-feira, Pequim anunciou que Li Chenggang assumirá o cargo de seu negociador de comércio internacional, anteriormente ocupado pelo veterano czar do comércio Wang Shouwen.

Em meio à guerra comercial, o Departamento Nacional de Estatísticas chinês anunciou nesta quarta que a economia do país cresceu 5,4% no primeiro trimestre, acima do esperado. A alta foi impulsionada, em grande parte, pela pressa dos exportadores em enviar produtos para os Estados Unidos antes que as tarifas — que agora chegam a 145% entrassem em vigor. Na semana passada, também Pequim igualou em 145% as taxas sobre produtos americanos.

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