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China diz que guerra comercial de Trump ‘terminará em fracasso’ para os EUA

Ministério das Relações Exteriores da China disse que Pequim 'não temerá se os Estados Unidos continuarem suas ameaças tarifárias'

Por Sara Salbert Atualizado em 10 abr 2025, 12h36 - Publicado em 10 abr 2025, 09h13

O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quinta-feira 10 que a guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com Pequim “terminará em fracasso” para Washington, pouco depois de o republicano anunciar que irá elevar para 125% as tarifas sobre produtos chineses.

Segundo o porta-voz da chancelaria chinesa, Lin Jian, Pequim não está interessada em uma luta, “mas não temerá se os Estados Unidos continuarem suas ameaças tarifárias”.

“A causa dos EUA não ganha o apoio do povo e terminará em fracasso”, acrescentou ele.

O Ministério do Comércio da China também se manifestou, dizendo na quinta-feira que não há vencedores em uma guerra comercial e que o protecionismo é uma “estrada de mão única” que leva a danos econômicos mútuos.

“Esperamos que os EUA encontrem a China no meio do caminho e, com base nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha, resolvam adequadamente as diferenças por meio do diálogo e da consulta”, escreveu a pasta em um comunicado, acrescentando que “a porta para o diálogo está aberta”.

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Guerra comercial

A decisão de Trump de elevar as tarifas ocorre após o Ministério das Finanças da China anunciar taxas adicionais de retaliação de 84% sobre produtos importados dos EUA a partir desta quinta-feira.

+ Trump pausa tarifas por 90 dias, mas eleva para 125% taxas sobre a China

Na quarta-feira, já havia entrado em vigor tarifas de 104% de Washington sobre Pequim, como anunciado na véspera pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, seguindo as ameaças de Trump de pressionar com mais 50% caso a China não voltasse atrás em medidas retaliatórias, o que não aconteceu. Os novos 50% de tarifas se somariam aos 20%, implementados em março, e aos 34% anunciados na semana passada, chegando ao total de 104% — agora elevados a 125%.

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Ao mesmo tempo, o republicano disse que irá aplicar uma pausa de 90 dias em novas tarifas na guerra comercial, com exceção da China, e os impostos serão reduzidos a 10% para todos.

Após o anúncio da pausa repentina nas tarifas, as bolsas globais, que antes estavam em queda, se recuperaram. As ações de Taiwan subiram 9,2% no início das negociações na quinta-feira, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,69%, e o índice composto de Xangai saltou 1,29%. No Japão, o Nikkei 225 subiu 7,2%, e, em Seul, o Kospi subiu mais de 5%. Na Austrália, o ASX 200 saltou mais de 6%.

A China prometeu “lutar até o fim” e acusa os Estados Unidos de praticarem unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica com a imposição de tarifas adicionais sobre produtos chineses. Lin Jian afirmou que a postura americana de colocar seus próprios interesses acima das regras internacionais prejudica a estabilidade da produção global e da cadeia de suprimentos, além de comprometer a recuperação econômica mundial.

Trump, por sua vez, afirmou que a China “quer fazer um acordo, eles simplesmente não sabem como fazer isso”. “Eles são pessoas orgulhosas. O presidente Xi é um homem orgulhoso. Eu o conheço muito bem. Eles não sabem muito bem como fazer isso, mas vão descobrir”, disse o presidente americano.

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