Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

China alerta contra ‘nova Guerra Fria’ em cúpula asiática

Primeiro-ministro chinês também reafirmou laços regionais, na tentativa de frear crise diplomática que surge a partir da divulgação de novo mapa nacional

Por Da Redação
6 set 2023, 17h50

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, afirmou nesta quarta-feira, 6, que os países precisam “lidar adequadamente com as diferenças e disputas” e “evitar uma nova Guerra Fria”. Durante encontro anual da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Indonésia, o premiê ainda reafirmou os laços regionais, na tentativa de frear uma crise diplomática que surge a partir da divulgação de um novo mapa chinês.

“Podem surgir divergências entre países devido a mal-entendidos, interesses distintos ou interferências externas”, disse Li.”Para manter estas disputas sob controle, é essencial não tomar partido, opor-se à confusão entre blocos e evitar uma nova Guerra Fria”.

Em meio às rivalidades geopolíticas crescentes na região do Indo-Pacífico, a agenda da cúpula em Jacarta se voltou para a nova versão do mapa da China. O documento, divulgado no último dia 28, incorpora regiões contestadas no Mar do Sul da China, uma das rotas mais cobiçadas pelo comércio marítimo.

+ China alerta para conflito ‘inevitável’ com os EUA e defende Rússia

Continua após a publicidade

Países membros da Asean e aliados ao governo dos Estados Unidos rejeitaram a nova disposição e acreditam que Pequim desrespeita o que ficou acordado em 2016 pelo Tribunal de Haia. Na ocasião, o entendimento era de que a China não teria legitimidade para reivindicar “direitos históricos” sobre a maior parte do território.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, é a representante de Washington nas reuniões da cúpula. Segundo declaração de um funcionário da Casa Branca para a agência de notícias Reuters, ela iria defender a “ordem internacional baseada em regras, inclusive no mar do sul da China, diante das reivindicações marítimas ilegais e ações provocativas da China”.

Harris reforçou o interesse pela região, o que incomoda e preocupa o governo do presidente chinês, Xi Jinping. “Os Estados Unidos têm um compromisso duradouro com o Sudeste Asiático e, de forma mais ampla, com o Indo-Pacífico”, disse ela.

Continua após a publicidade

No primeiro semestre deste ano, o então ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, afirmou que os EUA e a China estão caminhando para um conflito inevitável se Washington não mudar sua abordagem em relação a Pequim. “Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma proteção poderá impedir o descarrilamento, e certamente haverá conflito e confronto”, afirmou em março.

As relações entre as duas maiores potências do mundo se deterioraram acentuadamente nos últimos anos, e qualquer esforço para repará-las foi frustrado no início deste ano, quando um balão espião chinês adentrou o espaço aéreo americano e as Forças Armadas de Washington derrubaram o equipamento. A China alega que o balão servia apenas a propósitos de pesquisa e ciência, tendo se desviado da rota, e que os Estados Unidos reagiram de forma exagerada.

Qin culpou a Casa Branca pelo agravamento das relações, citando especificamente o incidente do balão, bem como tensões sobre Taiwan e a guerra na Ucrânia. Fazendo referência a Washington, ele disse que o conflito na Europa parece ter sido impulsionado por “uma mão invisível, usando a crise da Ucrânia para servir a certas agendas geopolíticas”, pressionando pelo prolongamento e escalada do conflito.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.