Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Chefe de direitos humanos da ONU relata preocupação com eleição no Brasil

Michelle Bachelet pediu garantias de que o processo eleitoral seja 'justo e transparente' e de que 'não haja interferências'

Por Da Redação
13 jun 2022, 09h12

Michelle Bachelet, a alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, disse nesta segunda-feira, 13, estar preocupada com as eleições presidenciais do Brasil, que ocorrerão em outubro deste ano.

No discurso de abertura do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, Bachelet pediu garantias de que o processo eleitoral seja “justo e transparente” e de que “não haja interferências de nenhuma parte para que o processo democrático seja alcançado”.

“Peço às autoridades que garantam o respeito aos direitos fundamentais e instituições independentes”, disse Bachelet.

Na sessão, ela chamou ainda a atenção ainda para ataques a legisladores e candidatos às eleições do Brasil, particularmente negros, mulheres e pessoas LGBTQ, caracterizando-os como ameaças ao processo eleitoral. A Alta Comissária também destacou “casos recentes de violência policial e racismo estrutural” no Brasil como perigos à democracia.

Sem mencionar o desparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira no Vale do Javari, no Amazonas, Bachelet frisou que está preocupada com ameaças crescentes a ambientalistas e indígenas no Brasil.

Continua após a publicidade

“No Brasil, estou alarmada por ameaças contra defensores dos direitos humanos e ambientais e ameaças contra indígenas, incluindo a contaminação pela exposição ao minério ilegal de ouro”, declarou Bachelet.

Na semana passada, o Alto Comissariado de Direitos Humanos criticou a resposta do governo brasileiro ao desaparecimento do jornalista e do indigenista. A porta-voz da agência afirmou que as autoridades brasileiras foram “extremamente lentas” para começar a procura por Phillips e Pereira, que sumiram quando iam de barco para a cidade de Atalaia do Norte.

Na sessão desta segunda-feira, 13, Bachelet, que já foi presidente do Chile, anunciou ainda que não concorrerá à reeleição ao cargo de chefia dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que ocupa há quatro anos.

Continua após a publicidade

O anúncio-surpresa ocorre logo após ela ter feito uma viagem à China no mês passado, pela qual foi criticada por grupos de direitos humanos e por alguns governos ocidentais, incluindo os Estados Unidos, que disseram que as condições impostas pelas autoridades chinesas à visita não permitiram uma avaliação completa e independente do ambiente de direitos.

Muitos diplomatas esperavam que Bachelet continuasse no cargo após o término de seu mandato no final deste ano. Ela não ofereceu um motivo para a decisão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.