Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Chanceler nega que visita de Pompeo a Roraima serviu propósitos eleitorais

No Senado, Ernesto Araújo disse que “tudo indica” que posição dos EUA em relação à Venezuela não mudará mesmo com vitória do democrata Joe Biden

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 set 2020, 12h03 - Publicado em 24 set 2020, 12h00

Em sessão da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado nesta quinta-feira, 24, o ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo negou que a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a Roraima tenha sido usada como plataforma eleitoral para o presidente Donald Trump.

“Foi dito e talvez seja uma das críticas principais à visita do secretário Mike Pompeo, que ela foi uma plataforma eleitoral para as eleições de novembro nos EUA. Bem, não é assim. Um dos elementos que mostra que não é assim é que existe nos Estados Unidos uma grande convergência entre republicanos e democratas sobre a situação na Venezuela”, disse Araújo.

O chanceler brasileiro disse ainda que “tudo indica” que a posição dos Estados Unidos em relação ao país sul-americano e ao governo de Nicolás Maduro não mudará mesmo com uma vitória do democrata Joe Biden. “Esse é um dos elementos que mostra que não faz muito sentido pensar nisso como uma plataforma eleitoral”, afirmou sobre a visita de Pompeu.

Continua após a publicidade

O secretário de Estado passou por Roraima na semana passada durante uma viagem pela América Latina. Segundo a embaixada americana, o objetivo da visita era discutir a situação dos refugiados venezuelanos no estado.

Araújo apontou uma “erosão e degradação das instituições democráticas” de Caracas. “Importante que a gente não use a palavra Venezuela para se referir a esse bando de facínoras que ocupam o poder ainda na Venezuela, pelos quais a gente só tem desprezo”, afirmou o chanceler.

Parlamentares e outras autoridades do governo brasileiro, porém, criticaram a viagem e afirmaram que seu objetivo foi fazer propaganda eleitoral para Trump, que concorre à reeleição em novembro contra Biden. O presidente da Câmara Rodrigo Maia disse em nota que “a visita do secretário não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa”.

O ex-ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes classificou a visita como “palanque eleitoral para um discurso provocativo de interesse exclusivo de Donald Trump”. “O Brasil deve cultivar relações positivas, não excludentes, e pautadas pela reciprocidade com os Estados Unidos, o que é muito diferente de vassalagem a um presidente-candidato”, disse.

Em reação, o senador Telmário Mota (PROS-RR) convocou Araújo para depor na comissão. Mota ameaçava barrar as sabatinas de diplomatas marcadas para o início desta semana.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.