Chanceler do Irã se reúne com ministros europeus em busca de solução para conflito com Israel
O encontro ocorrerá nesta sexta-feira em Genebra, uma semana após o início dos ataques

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, se reúne nesta sexta-feira, 20, com os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha em Genebra, na Suíça, em busca de uma solução diplomática para o conflito entre Israel e Irã.
Segundo a agência de notícias Reuters, as negociações devem ocorrer no meio da tarde em Genebra, que está cinco horas à frente do horário de Brasília. O encontro presencial foi sugerido pelo Irã e os chamados países E3 concordaram.
Foi em Genebra, em 2013, onde foi firmado o primeiro acordo entre Irã e potências mundiais para conter o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções. Um acordo mais abrangente ocorreu em 2015.
“Os iranianos não conseguem sentar-se com os americanos, enquanto nós conseguimos”, disse um diplomata europeu. “Vamos dizer a eles para voltarem à mesa de negociações sobre a questão nuclear antes que o pior aconteça, ao mesmo tempo em que levantamos nossas preocupações com relação a seus mísseis balísticos, apoio à Rússia e detenção de nossos cidadãos.”
“Agora é a hora de pôr fim aos graves cenários no Oriente Médio e evitar uma escalada regional que não beneficiaria ninguém”, disse o Ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também se encontrou com Lammy na quinta-feira e manteve ligações separadas com seus colegas da Austrália, França e Itália.
A reunião acontecerá após as novas negociações entre Irã e Estados Unidos fracassarem por causa do ataque militar de Israel há uma semana.
Dois diplomatas ouvidos pela Reuters disseram que não há grandes expectativas para um avanço em Genebra, onde também estará o chefe da política externa da União Europeia.
Mas eles ressaltaram que era essencial dialogar com o Irã porque, uma vez que a guerra terminasse, o programa nuclear iraniano continuaria sem solução, já que o país manteria o conhecimento técnico.