Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine VEJA por 9,90/mês

Chanceler alemão enfrenta pressão para endurecer posição contra Israel

Membros do governo de Friedrich Merz manifestam insatisfação após Alemanha ficar de fora de declaração contra guerra em Gaza

Por Flávio Monteiro
23 jul 2025, 10h24

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, enfrenta pressão intensa para endurecer a posição do país contra Israel em meio ao conflito na Faixa de Gaza. Merz é o líder da União Democrata-Cristã (CDU) e, apesar de subir o tom em falas recentes sobre a crise humanitária no enclave palestino, deixou seu país de fora de uma declaração publicada no início da semana, pedindo o fim da guerra.

A declaração foi emitida na segunda-feira 21, por 28 países ocidentais e pela comissária de gestão de crises da União Europeia, condenando o “assassinato desumano” de palestinos, a “distribuição lenta” de ajuda aos civis e afirmando que a morte de um total de 800 civis em filas por comida foi uma ação “horrível”. Membros da coalizão do chanceler pedem que a Alemanha se junte ao grupo, que conta com potências ocidentais como Reino Unido e França.

A ministra do desenvolvimento internacional da Alemanha, Reem Alabi Radovan, declarou abertamente estar insatisfeita com a decisão do país de não assinar a petição. “As exigências contidas na carta dos 29 parceiros ao governo israelense são compreensíveis para mim. Eu gostaria que a Alemanha se juntasse ao sinal enviado pelos 29 parceiros”, afirmou ela, que é membro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), de centro-esquerda.

Na noite de terça-feira 22, Merz justificou a não adesão, afirmando que o Conselho Europeu já havia emitido uma declaração conjunta com conteúdo “praticamente idêntico” àquele presente na carta da segunda-feira 21. “Fui um dos primeiros a dizer claramente que a situação na região não é mais aceitável”, afirmou o mandatário.

O chanceler disse que conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na última sexta-feira 18. Ele afirmou ter dito “clara e explicitamente” que a Alemanha não concorda com a “política do governo israelense sobre Gaza”.

Continua após a publicidade

Friedrich Merz é um dos poucos líderes europeus que ofereceu receber Netanyahu em seu país sem prendê-lo. O primeiro-ministro israelense é alvo de um mandado do Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) por suspeita de crimes de guerra.

As acusações são rejeitadas por Israel, que acusa o TPI de ser enviesado e sua investigação, de ter motivações políticas. A corte em Haia determina que todos os signatários do seu estatuto fundador – o que inclui a Alemanha – são convocados a deter quem é alvo de mandados, como Netanyahu, caso entre em seu território.

+ Mais de 100 ONGs alertam para ‘fome em massa’ provocada por Israel em Gaza

Continua após a publicidade

Herança

De acordo com a agência de notícias Reuters, autoridades alemãs informaram que a postura cautelosa do governo em relação a Israel faz parte da razão de estado do país (Staatsraison, em alemão) devido ao legado deixado pelo Holocausto.

Há uma crença de que é possível ter mais sucesso na mediação do conflito em Gaza a partir de canais diplomáticos do que através de declarações públicas. No entanto, críticos de Merz afirmam que as ações da Alemanha Nazista não podem ser uma desculpa para ignorar os crimes israelenses.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA CONTEÚDO LIBERADO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.