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Centenas saem às ruas em protesto contra o Hamas no norte de Gaza

Manifestantes gritam 'Fora Hamas' e carregam faixas dizendo 'queremos viver em paz'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 mar 2025, 07h47

Centenas de palestinos saíram às ruas na noite de terça-feira 25 em protestos contra o Hamas no norte da Faixa de Gaza, pedindo o fim da guerra com Israel e que o grupo deixe o governo do enclave. Este é considerado o maior protesto contra a facção islâmica dentro do território desde os ataques de 7 de outubro de 2023 contra comunidades do sul israelense, que desencadearam o conflito.

Vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais mostraram centenas de pessoas, a maioria homens, gritando slogans como “Fora Hamas” e “Terroristas do Hamas” em Beit Lahia, onde uma multidão se reuniu uma semana depois que o exército israelense retomou intensos bombardeios em Gaza após quase dois meses de trégua.

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Os protestos ocorreram em frente ao hospital indonésio na parte norte da Faixa de Gaza.

Alguns manifestantes foram vistos carregando faixas estampadas com dizeres como “Pare a guerra” e “Queremos viver em paz”. Pelo menos uma convocação para se juntar ao protesto estava circulando na rede social Telegram.

“Não sei quem organizou o protesto”, disse um homem à agência de notícias AFP. “Participei para enviar uma mensagem em nome do povo: chega de guerra.” Ele acrescentou que viu “membros das forças de segurança do Hamas em trajes civis interrompendo o protesto”.

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Majdi, outro manifestante que não quis dar seu nome completo, disse que “o povo está cansado”.

“Se o Hamas deixar o poder em Gaza é a solução, por que o Hamas não abre mão do poder para proteger o povo?”, disse ele à AFP.

Dezenas de pessoas também fizeram um ato no acampamento de refugiados de Jabalia, na parte oeste da Cidade de Gaza, queimando pneus e pedindo o fim da guerra. “Queremos comer”, eles gritavam.

Alguns moradores de Gaza disseram que os protestos podem se espalhar para outras partes do território.

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Desde que o Hamas lançou ataques ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, protestos modestos eclodiram ocasionalmente em Gaza, com manifestantes exigindo o fim da guerra. Mas este parece ser o maior movimento de rua desde então.

Muitos dos slogans entoados na terça-feira evocaram o movimento Bidna N’eesh (‘Queremos Viver’), que surgiu durante os protestos de Gaza em 2019, durante uma crise econômica particularmente sensível. Na época, manifestantes foram reprimidos violentamente pelo Hamas, que acusou o Fatah, seu rival e principal partido da Autoridade Palestina, que governa parcialmente a Cisjordânia, de orquestrar o movimento.

Israel regularmente convoca a população de Gaza a se mobilizar contra o Hamas, que está no poder no território desde 2007.

O enclave foi devastada por mais de 17 meses de guerra, e a situação humanitária vem se deteriorando novamente desde que Tel Aviv bloqueou a entrada de assistência humanitária para o território em 2 de março, na tentativa de forçar os militantes a libertar reféns israelenses.

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Desde que o Exército de Israel retomou suas operações militares em Gaza, na semana passada, pelo menos 792 palestinos foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque do grupo terrorista em outubro de 2023, que resultou na morte de 1.218 israelenses, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais. A ofensiva militar retaliatória de Israel matou ao menos 50.021 pessoas em Gaza, também civis em sua maioria, segundo o Ministério da Saúde.

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