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‘Caso Rússia’ continuará, diz indicado da Casa Branca para a Justiça

William Barr promete não permitir interferências nas apurações de favorecimento de Moscou à eleição de Donald Trump em 2016

Por Da Redação
14 jan 2019, 21h48

Nomeado para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, disse no Senado americano nesta segunda-feira que permitirá a continuidade das investigações do procurador especial Robert Mueller sobre o chamado “caso Rússia”. Trata-se da apuração sobre uma conspiração entre a campanha do então candidato republicano à Casa Branca Donald Trump e o Kremlin para beneficiá-lo nas eleições de 2016.

“Acredito que o melhor para todos – o presidente, o Congresso e, o mais importante, o povo americano – é que esse assunto seja resolvido ao permitirmos que o promotor especial conclua seu trabalho”, afirmou Barr no Comitê de Justiça do Senado.

A declaração foi feita por escrito aos senadores. Nesta terça-feira, 15, começa a sabatina de dois dias a Barr. A expectativa é que ele reitera este compromisso logo no início de sua exposição. Uma das razões que levou Trump a demitir Jeff Sessions do Departamento de Justiça foi sua resistência a impor travas ao trabalho de Mueller.

“O país precisa da resolução crível desses temas. Se eu for confirmado, não permitirei a interferência de questões político-partidárias, de interesses pessoais ou de qualquer outra consideração imprópria nesta ou em qualquer outra investigação”, afirmou ele, por escrito.

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Diferentemente do que acontece no Brasil, o secretário de Justiça dos Estados Unidos também é o procurador-geral da República, o que torna a sinalização de Barr sobre a continuidade da investigação do caso Rússia ainda mais delicada. Mesmo sendo uma autoridade de confiança de Donald Trump, ele pode determinar a abertura de um processo contra seu chefe.

“Posso assegurar que, em qualquer julgamento feito por mim, eu os farei baseados somente na lei e não permitirei influências pessoais, políticas e outros interesses nas minhas decisões”, insistiu.

Barr também destacou que tem o maior respeito por Mueller, por sua carreira de serviços prestados ao país. Mueller investiga desde maio de 2017, de forma independente ao governo, os possíveis laços entre membros da campanha de Trump e a Rússia, como a ação de agentes de inteligência do Kremlin nas eleições e a suspeita de que Trump cometeu crime de obstrução à Justiça.

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Barr já comandou o Departamento de Justiça entre 1991 e 1993, adurante o governo de George H. W. Bush. Ele foi nomeado por Trump no último dia 7 de dezembro para substituir Sessions. O Departamento de Justiça está sob o comando interino de Matthew Whitaker, ex-chefe de gabinete de Sessions.

(Com EFE)

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