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Casa Branca diz que ‘já passou da hora’ de Trump ganhar Nobel da Paz

Secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, citou esforços do republicano em conflitos e disse que é um "humanitário, com um grande coração"

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2025, 17h55 - Publicado em 31 jul 2025, 16h16

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse nesta quinta-feira, 31, que “já passou da hora” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ganhar o Prêmio Nobel da Paz. A declaração ocorre no mesmo dia em que o enviado especial dos EUA para Oriente Médio, Steve Witkoff, participou de uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O encontro foi definido como “muito produtivo” por Leavitt, que também abordou esforços do republicano em controlar conflitos em outras regiões.

“O presidente pôs fim aos conflitos entre Tailândia e Camboja, Israel e Irã, Ruanda e a República Democrática do Congo, Índia e Paquistão, Sérvia e Kosovo, e Egito e Etiópia. Isso significa que o presidente Trump negociou, em média, um acordo de paz ou cessar-fogo por mês durante seus seis meses de mandato. Já passou da hora de o presidente Trump receber o Prêmio Nobel da Paz”, disse ela, acrescentando que o líder americano é um “humanitário, com um grande coração”.

O Nobel da Paz é concedido a pessoas ou organizações que tenham “realizado o maior ou o melhor trabalho em prol da fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz”, como indicou o fundador do troféu, Alfred Nobel, no seu testamento em novembro de 1825. Desde então, o prêmio foi concedido 105 vezes — no ano passado, a escolhida foi a organização japonesa Nihon Hidankyo, de sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, que luta pelo desarmamento nuclear.

Ao todo, 338 candidatos foram nomeados para a edição do Nobel da Paz de 2025. Deles, 244 são indivíduos e 94 são organizações, de acordo com o site da premiação. Para que a recomendação seja aceita, os indicados devem cumprir requisitos, que estabelecem uma lista de quem pode sugerir alguém ou uma instituição para disputar a honraria, uma vez que não é possível enviar uma indicação em benefício próprio:

Em maio, Netanyahu indicou Trump para concorrer ao prêmio, citando os “esforços” do presidente dos EUA no Oriente Médio. O anúncio ocorreu enquanto os líderes se reuniam na Casa Branca, na terceira visita de Netanyahu a Trump em três meses. Além do premiê israelense, o Paquistão também nomeou o republicano por sua “intervenção diplomática decisiva” no conflito entre o país e a Índia. Na ocasião, o governo paquistanês elogiou a “liderança fundamental” de Trump em maio, quando os embates na fronteira atingiram o pico.

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+ Netanyahu anuncia indicação de Trump ao Nobel da Paz; entenda se há chance de vitória

A indicação tem futuro?

É difícil que Trump, que há tempos está de olho no prêmio, saia vencedor da disputa. Os indicados têm o trabalho analisado minuciosamente pelo Comitê Norueguês do Nobel. Nos últimos meses, Trump apoiou o deslocamento da população de Gaza — o que é condenado pelo direito internacional — e prometeu tomar controle da Faixa de Gaza, que seria transformada por ele na “Riviera do Oriente Médio”.

Além disso, houve o fiasco do grupo de membros do governo que compartilhavam planos de ataques ao Iêmen no aplicativo de mensagens Signal. A campanha de bombardeio provocou a morte de 224 civis entre março e maio, em comparação com 258 entre 2002 e 2024, segundo um levantamento grupo de monitoramento britânico Airwars. Foram, portanto, operações com custo humano altíssimo.

Trump também é conhecido pela retórica agressiva e belicosa — antes dos bombardeios ao Irã, em 21 de junho, ele já havia prometido atacar o país caso as negociações nucleares entre Washington e Teerã não avançassem. O republicano se distanciou do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e se aproximou do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ordenou a invasão ao território ucraniano em fevereiro de 2022. Também mostra um apoio inflexível a Israel, que recentemente lançou uma bomba de 230 kg contra um café lotado de civis na Cidade de Gaza, mesmo em meio à escalada da violência no enclave palestino. Não é um pacificador global, por mais que tente se vender como um.

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