Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99

Carta de renúncia do papa Francisco está assinada desde 2013; entenda

Documento foi entregue ao cardeal Tarcisio Bertone, à época Secretário de Estado do Vaticano

Por Cinthia Rodrigues, de Roma
Atualizado em 25 fev 2025, 13h57 - Publicado em 25 fev 2025, 13h29

No início de seu pontificado, em 2013, o papa Francisco assinou uma carta de renúncia em caso de impedimento por motivos médicos. O documento foi entregue ao cardeal Tarcisio Bertone que ocupava o cargo de Secretário de Estado, hoje desempenhado pelo cardeal Pietro Parolin. O fato foi revelado quase dez anos depois, em 2022, durante uma entrevista concedida pelo Santo Padre ao jornalista Julián Quirós, diretor do jornal espanhol ABC e especialista em temas do Vaticano. 

“Eu já assinei minha renúncia. Foi quando Tarcisio Bertone era Secretário de Estado. Assinei a renúncia e disse a ele que em caso de impedimento médico ou algo do tipo. Não sei a quem Bertone a entregou, mas eu a dei a ele quando era Secretário de Estado”, afirmou. Não foi divulgado até o momento onde estaria esse documento.

A existência da carta tem sido motivo de especulação, neste momento em que o estado de saúde do papa Francisco permanece crítico, mas sem alterações desde o sábado 22, quando o Vaticano informou que o Santo Padre teve uma crise respiratória asmática de duração prolongada e precisou receber alto fluxo de oxigênio, além de transfusões de sangue.

Desde que foi escolhido, o papa Francisco diz que a renúncia de Bento XVI, em 2013, abriu novos caminhos para os futuros representantes da Igreja Católica. Entretanto, enfatizou que adotaria uma abordagem diferente.

Continua após a publicidade

Em vez de ser chamado de “papa emérito”, como foi o caso de Bento XVI, ele seria conhecido como “bispo de Roma emérito”. Além disso, não usaria a batina papal e não residiria no Vaticano. O Santo Padre chegou a sugerir que, caso se aposentasse, poderia ficar na Basílica de São João de Latrão, uma das quatro igrejas papais em Roma. Nesta igreja, ele se dedicaria a atividades como confissão e cuidado dos doentes, conduzindo um ministério mais pastoral e simples.

Em 2018, em um livro organizado pelo monsenhor Leonardo Sapienza, foi divulgada uma carta na qual, em 1965, Paulo VI (papa Montini) declarava que renunciaria caso sofresse uma doença incapacitante. Este documento é uma das primeiras manifestações sobre o tema em caso de impedimentos graves.

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 88% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.