Câmara dos EUA planeja aprovar resolução contra Hamas e pró-Israel
Escolha do republicano Mike Johnson como presidente da Câmara nesta quarta-feira, 25, desbloqueia o legislativo e permite novas votações
A escolha do republicano Mike Johnson para a presidência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, deliberada nesta quarta-feira, 25, levou legisladores a pressionarem a aprovação de uma resolução bipartidária contra o Hamas e a favor de Israel seja aprovada quanto antes. Com o fim do vácuo no poder de três semanas, a paralisação da corte chega ao fim, permitindo que novas sessões sejam realizadas.
“O primeiro projeto de lei que apresentarei a este plenário daqui a pouco será em apoio ao nosso querido amigo Israel”, confirmou Johnson após a eleição à emissora americana CNN. “Estamos atrasados para fazer isso.”
“Vamos mostrar não só a Israel, mas ao mundo inteiro, que a barbárie do Hamas que todos vimos desenrolar-se nas telas de televisão é miserável e errada e vamos defender o que há de bom nesse conflito”, acrescentou.
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Segundo a CNN, a intenção dos congressistas é que o posicionamento seja votado ainda nesta quarta-feira. Desde o início da guerra Israel-Hamas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem oferecido apoio incondicional ao governo de Benjamin Netanyahu. Em Tel Aviv, ele reforçou que defende “proteção da vida civil” e lamenta “pelas famílias que foram mortas ou feridas por esta tragédia”.
“À medida que responde a estes ataques (do Hamas), precisamos garantir que Israel tenha o que precisa para se defender. Vamos garantir que isso ocorra”, disse Biden.
Após a queda de dois candidatos, Steve Scalise e Jim Jordan, Johnson conseguiu o cargo de líder da Câmara com 220 votos, superando os 217 necessários (a maioria do plenário). Ao contrário do visto nas rodadas anteriores, o recém-eleito porta-voz recebeu apoio unânime do Partido Republicano. Apenas o deputado Derrick Van Orden não esteve presente no processo de deliberação.
Seguidor do ex-presidente Donald Trump, Johnson foi eleito pela primeira vez em 2006. Ele ocupa o antigo posto de Kevin McCarthy, destituído em 3 de outubro depois da aprovação de um projeto de lei para evitar o shutdown (desligamento, em português) do governo dos Estados Unidos, em meio ao entrave para aprovar o orçamento do novo ano fiscal no Congresso. Para a ala linha-dura de sua legenda, ele foi aberto demais a negociações com o Partido Democrata.