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Câmara da Argentina aprova investigação sobre fraude de criptomoeda promovida por Milei

Escândalo da $Libra prejudicou mais de 40 mil pessoas

Por Sara Salbert 9 abr 2025, 10h51

A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou nesta terça-feira, 8, a criação de uma comissão para investigar o escândalo de fraude da criptomoeda $Libra, promovida pelo presidente Javier Milei. Se trata da segunda derrota do líder argentino no Congresso em menos de uma semana. 

A comissão de inquérito foi aprovada com 128 votos a favor, 93 contra e sete abstenções. “Investigar a sucessão de eventos ligados à promoção e disseminação da criptomoeda $Libra, que resultaram em prejuízos multimilionários para atores locais e estrangeiros”, será o objetivo da comissão, de acordo com a decisão aprovada.

Os deputados também decidiram convocar o chefe de gabinete de ministros, Guillermo Francos, o ministro da Economia, Luis Caputo, e o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, em 22 de abril, para serem interrogados sobre o mesmo caso. A comissão deve se reunir pela primeira vez em 23 de abril. 

A decisão vem após os senadores derrubarem as indicações de Milei à Suprema Corte na semana passada. 

Envolvimento de Milei

Em fevereiro, Milei promoveu a criptomoeda $Libra no X, antigo Twitter, como um “projeto privado” que visava “incentivar o crescimento da economia argentina, financiando pequenas empresas e empreendimentos”, compartilhando um link para acessar o ativo digital.

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Após o selo de qualidade de Milei, o ativo registrou alta e chegou a atingir US$ 4.978 (cerca de R$ 28.512). Estima-se que 40.000 pessoas confiaram e compraram a criptomoeda. 

Em meio à rápida valorização, investidores que haviam comprado a moeda antes da divulgação do presidente argentino passaram a vendê-la, dando início à polêmica. Milei, então, apagou a publicação em que incentivava a $LIBRA e, num novo post, alegou que “não estava ciente dos detalhes do projeto” e que “depois de tomar conhecimento, decidiu não continuar difundindo”.

No trading digital, a manobra é conhecida como “rug pull”, ou “puxada de tapete”, e consiste em levantar ativos anunciando um token, como a $LIBRA, e encerrar abruptamente o projeto, gerando prejuízos a quem investiu no ativo. O token, nesse caso, foi lançado na Meteora, plataforma de negociações que lançou a criptomoeda $TRUMP no final de janeiro.

“Estamos confirmados de que quando a sociedade argentina votou em Milei, ela estava farta de um sistema político que só busca se beneficiar. Mas que paradoxo: em 14 de fevereiro, o presidente lançou uma propaganda e promoção de uma criptomoeda que acabou fraudando milhões de pessoas ao redor do mundo” afirmou o deputado Pablo Juliano, do partido de oposição Democracia para Todos, na Câmara.

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