Cachorro de ex-presidente emociona internautas ao deitar ao lado de caixão
Labrador treinado auxiliava George H.W. Bush em atividades diárias e o acompanhava em todos seus compromissos
O cachorro que acompanhou o ex-presidente dos Estados Unidos George H.W. Bush em seus últimos meses de vida foi fotografado deitado ao lado de seu caixão no último domingo, 2. O ex-mandatário morreu no sábado, 1, aos 94 anos.
O labrador Sully, de dois anos, foi morar com Bush em junho, depois que sua esposa, Barbara Bush, faleceu. O ex-presidente estava em uma cadeira de rodas há alguns anos e precisava da assistência do animal para realizar atividades do dia a dia.
A foto do cachorro foi compartilhada pelo assessor do ex-presidente nas redes sociais e comoveu muitos internautas. Na postagem em seu Twitter, Jim McGrath afirmou que Sully havia cumprido a missão de auxiliar seu dono.
Sully foi treinado para obedecer a vários comandos como atender o telefone, buscar itens e abrir e fechar portas. O labrador participou de um primeiro velório realizado neste domingo em Houston, no Texas, onde morava com seu dono.
“Bush pai” sofria de diversos problemas de saúde, entre eles um tipo de Parkinson, que o impedia de realizar tarefas simples e se locomover sem o auxílio de uma cadeira de rodas. Sully servia como um de seus principais auxiliares.
O nome do cachorro foi escolhido em homenagem ao ex-piloto de aviação Chesley B. “Sully” Sullenberger III, que ficou famoso por pousar um avião danificado no rio Hudson e salvar todos os 155 passageiros e tripulantes, em 2009.
Em novembro, durante as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, o cão acompanhou o ex-presidente para votar em Houston.
Com a morte do dono, o cachorro deve ser enviado para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, onde irá auxiliar soldados americanos feridos.
“Por mais que nossa família vá sentir falta desse cachorro, ficamos reconfortados em saber que ele trará a mesma alegria que trouxe ao 41º presidente para sua nova casa, Walter Reed”, escreveu George W. Bush, que é filho de George H.W. Bush, no Twitter.
Homenagens e enterro
George H.W. Bush morreu no sábado depois de ser internado diversas vezes por problemas respiratórios. Além de presidente, o americano serviu como piloto de guerra, embaixador na ONU, congressista, diretor da CIA e vice-presidente durante a vida.
O corpo de Bush será transferido nesta segunda-feira, 3, do Texas para Washington a bordo do avião presidencial Air Force One, oferecido por Donald Trump para a ocasião.
Como outros presidentes dos Estados Unidos, ele será velado de acordo com o protocolo dos funerais de Estado, organizado com precisão militar pela força do Pentágono responsável pela proteção na capital. O caixão ficará exposto em uma capela sob a cúpula do Capitólio a partir desta noite. Uma guarda de honra vigiará o caixão por mais de 37 horas, dia e noite.
Na quarta-feira, 5, dia do luto nacional, o funeral acontecerá na Catedral Nacional, em Washington. O presidente Trump estará presente, assim como a ex-primeira dama Michelle Obama e o ex-primeiro-ministro canadense Brian Mulroney, que fará um elogio fúnebre.
O caixão então voltará para casa, no Texas. Depois de outro funeral na Igreja Episcopal de St. Martin, em Houston, um trem levará o corpo para o campus da Universidade A&M do Texas, onde fica a Biblioteca Presidencial George Bush, atrás da qual será enterrado junto com sua esposa Barbara, que morreu em abril, e Robin, sua filha, que morreu de leucemia aos 3 anos de idade.
(Com AFP)