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Brasil desiste de disputa e é derrotado em eleição para a Comissão de Direitos Humanos da OEA

Mesmo em meio à crise com os EUA, o governo Lula recuou e abriu caminho para que o candidato mexicano assumisse a vaga na CIDH

Por Anita Prado Atualizado em 11 jul 2025, 15h59 - Publicado em 11 jul 2025, 12h41

Em um momento delicado para a política externa brasileira, marcado pela imposição de tarifas a produtos do país por parte do presidente americano Donald Trump, o governo Lula optou por recuar da disputa por uma cadeira na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à Organização dos Estados Americanos (OEA). O resultado da eleição, que ocorreu no fim da manhã desta sexta-feira, 11, selou a derrota brasileira: o mexicano José Luis Caballero Ochoa venceu com 23 votos, contra apenas 3 do brasileiro Fábio Sá e Silva. Cinco países votaram em branco.

A decisão de abrir mão da cadeira foi criticada nos bastidores de Brasília. VEJA apurou que, apesar do apoio formal do Planalto à candidatura de Sá e Silva, houve resistência dentro do próprio governo e articulações no Itamaraty para retirar o nome em favor de um consenso com o México.

Deputados e senadores haviam pressionado o Ministério das Relações Exteriores para manter o Brasil na disputa, argumentando que a cadeira representava uma oportunidade estratégica de retomar protagonismo na região e reagir à ofensiva conservadora na OEA. A eleição, afinal, ocorreu após a vitória da candidata americana Rosa María Payá — figura ligada ao trumpismo e fortemente apoiada pelo secretário Marco Rubio.

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Fábio Sá e Silva, professor da Universidade de Oklahoma e vinculado ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), havia sido lançado pelo governo como alternativa progressista na CIDH. Seu nome teve aval do chanceler Mauro Vieira, do advogado-geral da União Jorge Messias e até do próprio presidente Lula.

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A nova formação da CIDH terá peso simbólico relevante nos próximos anos, especialmente diante das críticas da ala bolsonarista — e agora também da direita americana — à atuação da Justiça brasileira em episódios como o 8 de Janeiro e o processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem assento na comissão, o Brasil perde voz ativa nesse campo — justamente no momento em que sua soberania é colocada à prova.

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