Bombardeio na Síria ‘terá consequências’, afirma embaixador russo
Anatoly Antonov diz que 'toda a responsabilidade recai em Washington, Londres e Paris'. Russos apoiam regime do ditador sírio Bashar al-Assad
Por EFE
Atualizado em 14 abr 2018, 16h00 - Publicado em 14 abr 2018, 01h21
O embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov (Max Rossi/Reuters)
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O ataque lançado nesta sexta-feira (13) contra a Síria pelas forças armadas de Estados Unidos, Reino Unido e França “não ficará sem consequências”, advertiu o embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov. O governo russo do presidente Vladimir Putin apoia o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad.
“Os piores presságios foram cumpridos, eles não escutaram nossas advertências e voltaram a nos ameaçar. Tínhamos advertido que estas ações não ficariam sem consequências. Toda a responsabilidade recai em Washington, Londres e Paris”, disse Antonov, em uma declaração oficial divulgada pela Embaixada.
Os bombardeios dos EUA e de seus aliados foram uma resposta aos supostos ataques do regime sírio com armas químicas contra a população do país, que deixaram dezenas de mortos e centenas de feridos em Duma, nas proximidades da capital síria, Damasco, no último sábado (7).
Em meio à tensão entre Estados Unidos e Rússia, o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, destacou que os ataques tiveram o “máximo cuidado para não atingir tropas ou alvos russos e evitar a morte de civis”.
Não houve, por outro lado, de acordo com Dunford e o Secretário de Defesa americano, Jim Mattis, qualquer coordenação ou notificação à Rússia sobre os bombardeios, que empregaram aproximadamente o dobro do armamento utilizado nos ataques americanos à Síria em 2017. A plataforma antiaérea utilizada pelos sírios na contenção de bombardeios como o de hoje, por outro lado, foi construída pelos russos no ano passado.
1/14 Manifestantes contra o ataque militar por parte dos Estados Unidos à Síria se reúnem em frente a Casa Branca, em Washington D.C durante protesto - 14/04/2018 (Yuri Gripas/Reuters)
2/14 O Conselho de Segurança da ONU realiza uma reunião a pedido da Rússia para discutir as ações militares realizadas pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha na Síria em resposta a um suspeito ataque de armas químicas. A Rússia distribuiu um projeto de resolução pedindo a condenação da ação militar, mas o embaixador da Grã-Bretanha disse que os ataques eram "tanto legais quanto legais" para aliviar o sofrimento humanitário na Síria - 14/04/2018 (Eduardo Munoz/Reuters)
3/14 Oficial militar sírio grava um vídeo da destruição do Centro de Pesquisa Científica em Damasco, na Síria - 14/04/2018 (Omar Sanadiki/Reuters)
4/14 Um palestino coloca um sapato em um manequim representando o presidente dos EUA, Donald Trump, durante um protesto contra os ataques aéreos liderados pelos EUA em Damasco, em Nablus, na Cisjordânia ocupada - 14/04/2018 (Abed Omar Qusini/Reuters)
5/14 Prédio do Complexo do Centro de Estudos e Pesquisas Científicas (SSRC) no distrito de Barzeh, ao norte de Damasco, é visto após ser atingido pelo mísseis do bombardeio na Síria - 14/04/2018 (LOUAI BESHARA/AFP)
6/14 Um bombeiro é visto dentro do Centro de Pesquisa Científica destruído após o bombardeio de Estados Unidos, França e Reino Unido em Damasco, na Síria - 14/04/2018 (Omar Sanadiki/Reuters)
7/14 Uma foto divulgada pela unidade de produção e comunicação audiovisual da França (ECPAD) mostra o lançamento de um míssil em um navio militar francês no mar Mediterrâneo, com destino a alvos na Síria - 13/04/2018 (ECPAD/AFP)
8/14 A imagem do site oficial da Agência de Notícias Árabe Síria mostra uma explosão na região de Damasco, durante o bombardeio realizado nas bases militares sírias e centros de pesquisa química, dentro e ao redor da capital. Por ordem dos Estados Unidos em parceria com a França e Reino Unido - 14/04/2018 (Agência de Notícias Árabe Síria/AFP)
9/14 Rastro de fogo no céu de Damasco durante ataque americano, francês e britânico à Síria - 13/4/2018 (GloboNews/Reprodução)
10/14 O cruzador de mísseis guiados USS Monterey dispara um míssil de ataque terrestre Tomahawk com destino a Síria - 13/04/2018 (Matthew Daniels/Marinha dos Estados Unidos/Reuters)
11/14 Nesta imagem divulgada pelo Departamento de Defesa dos EUA, o cruzador de mísseis guiados USS Monterey dispara um míssil de ataque terrestre Tomahawk com destino a Síria - 13/04/2018 (Kallysta Castillo/Departamento de Defesa dos EUA/AFP)
12/14 A imagem do site oficial da Agência de Notícias Árabe Síria mostra rastros de mísseis disparados contra as bases militares e de pesquisa química sírias em Damasco - 14/04/2018 (Agência de Notícias Árabe Síria/AFP)
13/14 Manifestantes sírios agitam bandeiras e seguram retratos do presidente Bashar al-Assad, enquanto se reúnem na Praça Umayyad, em Damasco, para reivindicar o bombardeio realizado pelos Estados Unidos, Reino Unido e França - 14/04/2018 (Louai Beshara/AFP)
14/14 Manifestantes se reúnem em Berlim, na Alemanha, para protestar contra os ataques militares na Síria - 14/04/2018 (Axel Schmidt/Reuters)
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