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Bolsonaro não incentivou ‘invasão’ à embaixada da Venezuela, diz governo

Segundo Gabinete de Segurança Institucional, forças de segurança estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente

Por Da Redação
Atualizado em 13 nov 2019, 12h44 - Publicado em 13 nov 2019, 12h31

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 13, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República chamou de “invasão” a ocupação da embaixada da Venezuela em Brasília por partidários do líder opositor Juan Guaidó e afimou que o presidente Jair Bolsonaro “jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou” os atos.

Segundo o GSI, as forças de segurança da União e do Distrito Federal estão tomando providências para que a situação “se resolva pacificamente e retorne à normalidade”.

A nota diz ainda que “há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade”.

Na madrugada desta quarta, representantes de Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, invadiram o prédio da embaixada. Segundo a Polícia Militar, os venezuelanos chegaram por volta das 4h da manhã e tentaram expulsar alguns funcionários do corpo diplomático que resistiram à entrada.

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Aliados do regime de Nicolás Maduro denunciaram a invasão. Enquanto isso, a embaixadora representante do governo de Gauidó no Brasil, Maria Teresa Belandria, afirmou que que um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da representação diplomática voluntariamente.

Os funcionários permitiram o acesso ao local de Tomas Silva, ministro-conselheiro reconhecido pelo governo brasileiro, já que Belandria está fora do país. Eles também teriam reconhecido Guaidó como presidente legítimo do país.

O adido militar chavista que estava no local reagiu à entrada e ficou do lado de fora. A PM foi acionada, mas não pôde ingressar no complexo ou retirar as pessoas, por se tratar de território sob controle do governo venezuelano.

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“Denunciamos que as instalações de nossa embaixada em Brasília foram invadidas pela força ao amanhecer. Responsabilizamos o governo brasileiro pela segurança de nosso pessoal e instalações”, tuitou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.

“Os dois grupos estão lá dentro, tentando encontrar uma solução pacífica”, disse o tenente José Fonseca, da Polícia Militar.

Juan Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela em janeiro deste ano, após declarar que Nicolás Maduro “usurpou” o poder ao fraudar a votação que levou a sua reeleição em 2018. Brasil, Estados Unidos e outras dezenas de países reconheceram o líder da oposição como presidente legítimo.

Esta é a primeira vez que os representantes de Gauidó entraram na sede, ainda controlada pelo chavistas, desde que presidente Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe do opositor, no início do ano.

A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro – que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil.

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Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no país façam o mesmo e garantem ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI):

Nota à Imprensa

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Diante dos fatos desagradáveis que estão acontecendo na Embaixada da Venezuela, em Brasília, esclarecemos o seguinte:

– como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade;

– o Presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó;

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– as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade.

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação Social do GSI

Brasília, DF, 13 de novembro de 2019.

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