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Biden pressiona Catar e Egito por acordo de libertação de reféns em Gaza

Presidente americano alertou na quinta-feira primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre importância de um "cessar-fogo imediato" na região

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h29 - Publicado em 5 abr 2024, 18h25

Em carta, o presidente do Estados Unidos, Joe Biden, instou autoridades do Egito e do Catar a pressionarem o grupo palestino radical Hamas, em guerra com Israel desde 7 de outubro, a aceitar um acordo de libertação de reféns. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 5, pela agência de notícias Associated Press, que citou um funcionário do alto escalão da Casa Branca sob condição de anonimato.

O texto aos líderes do Oriente Médio não foi divulgado pela reportagem. O funcionário do governo americano, no entanto, informou que o Conselho de Segurança Nacional se reunirá na próxima segunda-feira, 8, com alguns familiares de pessoas que foram sequestradas pelos militantes palestinos. Parte delas foi capturada em 7 de outubro, ou seja, está quase seis meses em cativeiro na Faixa de Gaza.

A pressão americana ocorre um dia após o presidente democrata aumentar o tom em conversas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Em telefonema de meia hora, Biden alertou o aliado sobre a “necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos aos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários”, disse um comunicado da Casa Branca. Ele também ressaltou a importância de um “cessar-fogo imediato” para “estabilizar e melhorar a situação humanitária e proteger civis inocentes”.

+ ONU pede responsabilização de Israel por possíveis crimes de guerra

Ataque a funcionários de ONG

Na segunda-feira, 1, um ataque de Tel Aviv matou sete funcionários da World Central Kitchen, uma organização sem fins lucrativos que provê refeições para pessoas em situação de crises humanitárias, climáticas e comunitárias. Entre os mortos estavam três britânicos, uma australiana, um palestino, um polonês e um americano, que estavam em dois veículos alvejados.

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Em comentário sobre o incidente, o premiê israelense disse que “acontece em guerras” e que o governo israelense investigaria “até o fim” para que “isso não aconteça novamente”. Dois oficiais foram demitidos.

A declaração não foi suficiente para conter críticas dos Estados Unidos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, definiu a resposta israelense como “insuficiente” e destacou que “funcionários de organizações de ajuda humanitária têm de ser protegidos”. Ele elogiou, ainda, o “extraordinário” trabalho da World Central Kitchen.

+ Israel demite dois oficiais devido a ataque que matou funcionários de ONG

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Diretor da CIA no Cairo

O diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e diplomata de carreira, William Burns, aterrissará no Cairo, capital do Egito, neste fim de semana para auxiliar nas negociações sobre o acordo de reféns. Segundo a emissora americana CBS News, as reuniões contarão com a presença de altos funcionários do Egito, Catar e Israel.

A pausa nas hostilidades duraria por seis semanas e permitiria a libertação dos cativos e de prisioneiros palestinos, mantidos em penitenciárias israelenses, bem como a entrada de novas levas de ajuda humanitária. A última e única trégua, ocorrida entre novembro e dezembro do ano passado, permitiu a soltura de 105 reféns e 240 palestinos.

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