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Batalha de Kherson: Rússia encerra retirada de 70 mil civis da cidade

Ucrânia acusou o Kremlin de fazer deportações forçadas, o que é considerado um crime de guerra

Por Da Redação
28 out 2022, 11h16

Autoridades da Rússia informaram nesta sexta-feira, 28, que concluíram uma operação para retirar civis da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, antes de uma esperada batalha com as forças de Kiev.

Pelo menos 70 mil civis teriam atravessado o rio Dnipro, no que a Ucrânia chamou de deportações forçadas.

“Estamos preparando Kherson para a defesa”, disse o comandante da milícia russa Alexander Khodakovsky. “Estamos tirando toda a população civil, de muitas maneiras desamarrando nossas mãos.”

A região de Kherson, no sul da Ucrânia, foi uma das quatro áreas da Ucrânia anexadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, no mês passado, apesar de a Rússia não ter controle total de nenhuma delas.

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A cidade foi tomada logo após a invasão da Rússia em fevereiro, mas nas últimas semanas as forças ucranianas têm reconquistado território na margem oeste do Dnipro. A linha de frente fica a 30 quilômetros da cidade, de acordo com autoridades ucranianas.

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Autoridades em Kherson, instaladas pelo Kremlin, alertaram para um ataque à capital regional em um futuro próximo. No entanto, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse que a contra-ofensiva seria muito desafiadora, por causa do terreno irregular e do clima chuvoso, que dificulta o uso de veículos de combate com rodas.

O oficial instalado pelas autoridades de ocupação russas na Crimeia, Sergei Aksyonov, postou fotos do banco do Dnipro na noite de quinta-feira 27, durante uma visita a uma figura importante no Kremlin, Sergei Kiriyenko.

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“O trabalho de organização da saída dos moradores foi concluído”, anunciou. As autoridades de ocupação dizem que as pessoas foram transferidas para “regiões seguras da Rússia”, que incluem outras áreas da Ucrânia sob controle russo, mas também, supostamente, a própria Rússia.

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A deportação ou transferência de civis por uma potência ocupante dentro ou fora do território ocupado é considerada crime de guerra.

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Vladimir Saldo, instalado pelos russos como governador de Kherson, admitiu que muitos civis escolheram ficar. Segundo ele, de 150 mil a 170 mil pessoas continuam na cidade. A população pré-guerra era de cerca de 300 mil pessoas.

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Antes de qualquer batalha pela cidade de Kherson, autoridades ucranianas alegaram que a Rússia transferiu sua autoridade de ocupação para a cidade de Henichesk, cerca de 200 quilômetros a sudeste de onde ficava anteriormente.

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A porta-voz militar ucraniana, Natalya Humenyuk, disse que os russos estavam tentando manter controle sobre a margem direita do Dnipro, mas o fato de que eles estavam se preparando para defender o outro lado do rio também era um “sinal que eles entendem a situação real – que eles dificilmente se manterão na margem direita”.

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