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Queda de avião militar na Argélia deixa mais de 250 mortos, diz TV

Dezenas de ambulâncias e veículos do Corpo de Bombeiros foram enviados para o local da tragédia

Por Da redação
Atualizado em 11 abr 2018, 14h24 - Publicado em 11 abr 2018, 07h39

Mais de 250 pessoas, incluindo membros da Frente Polisário, movimento de independência do Saara Ocidental, morreram quando um avião militar da Argélia caiu em um campo nas redondezas da capital, Argel, nesta quarta-feira, disseram autoridades. Um total de 257 pessoas morreram na queda, relatou a TV estatal. Este é o pior acidente aéreo na história do país norte-africano.

O avião de transporte Ilyushin II-76, com capacidade para 247 passageiros e dez tripulantes, caiu em um campo pouco após partir da base aérea militar de Boufarik, a sudoeste da capital, segundo a informação oficial. A aeronave seguiria para Bechar, ainda na Argélia, porém já próximo à fronteira com o Marrocos, com uma parada prevista em Tindouf, informaram os militares argelinos.

Dezenas de ambulâncias e veículos do Corpo de Bombeiros foram enviados para o local da tragédia. Nos trabalhos de resgate participam mais de 300 pessoas, entre efetivos da Defesa Civil, médicos, policiais e membros do Exército argelino. Os canais de televisão exibiam imagens do avião em chamas e uma fileira de corpos cobertos por sacos brancos.

Um membro do partido governista da Argélia, FLN, disse à emissora de televisão Ennahar que os mortos incluíam 26 membros da Frente Polisário, um grupo apoiado pela Argélia que luta pela independência do Saara Ocidental –um território também reivindicado pelo Marrocos em uma disputa de longa data.

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Fontes informaram à agência EFE que trinta cidadãos saarauís estavam entre os mortos no acidente. Os saarauís são um povo nativo do Saara Ocidental e que atualmente tem sua maior concentração no acampamentos de refugiados em Tindouf, onde o avião faria uma parada.

Segundo as fontes, as vítimas mortais são estudantes e outros civis que tinham viajado para Argel para realizar trâmites médicos e burocráticos e que costumam dispor de vagas de cortesia neste tipo de aparelhos militares argelinos.

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Logo após a divulgação da notícia, o presidente da República Árabe Saarauí Democrática (RASD), Brahim Ghali, decretou sete dias de luto oficial nos campos de refugiados de Tinduf.

O primeiro-ministro palestino, Rami al-Hamdallah, prestou condolências às família das vítimas e ao governo argelino, informou a imprensa local.

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Mais mortífero

O pior acidente aéreo até o momento do país havia ocorrido em 2014, quando um jato da Air Algérie que viajava de Burkina Faso para a Argélia caiu no deserto de Mali, matando todas as 116 pessoas a bordo, incluindo 53 cidadãos franceses. Na época, a França moveu uma investigação que culpou o piloto.

Anteriormente, em 2003, um avião civil caiu logo após decolar matando 102 pessoas em Tamanrasset. Neste, houve apenas um sobrevivente.

O último acidente aéreo do país foi em 2014, quando 77 pessoas, entre militares e parentes, morreram na queda de um Hercules C-130 do Exército argelino a 500 quilômetros da capital Argel. Apenas uma pessoa sobreviveu ao acidente, que o Ministério da Defesa atribuiu na época às más condições meteorológicas.

(Com agências Reuters e AFP)

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