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Autoridades da UE visitam Kiev em meio a ataques da Rússia

Zelensky quer renovar pauta de adesão à UE com campanha anticorrupção. Enquanto isso, oito civis morreram e 29 ficaram feridos por ataques no último dia

Por Da Redação
Atualizado em 2 fev 2023, 12h06 - Publicado em 2 fev 2023, 12h05

Uma comissão de autoridades da União Europeia chegou em Kiev para uma visita ao governo ucraniano nessa quinta-feira, 2. A reunião ocorre enquanto, no leste da Ucrânia, equipes de resgate procuram vítimas nos escombros de um prédio de apartamentos bombardeado na véspera pela Rússia.

Nas últimas 24 horas, segundo dados de Kiev, bombardeios mataram pelo menos oito civis e feriram outros 29 no país. Os números incluem quatro pessoas que se escondiam em um porão na região nordeste de Chernihiv.

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Antes de uma cúpula que ocorrerá nesta sexta-feira, 3, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai se reunir com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Josep Borrell, chefe de política externa do bloco. Para Borrell, a visita tem o intuito de mostrar o apoio da Europa à Ucrânia.

Nas redes sociais, Borrell disse que a União Europeia já enviou 50 bilhões de euros em ajuda financeira desde o início da guerra, em 24 de fevereiro do ano passado. “A Europa permaneceu unida à Ucrânia desde o primeiro dia. E ainda estará para vencer e reconstruir”, disse.

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A última cúpula com o bloco realizada em Kiev foi em outubro de 2021, meses antes do início da guerra. Espera-se que os esforços anticorrupção de Zelensky sejam pauta na reunião.

O presidente ucraniano foi eleito em 2019 com uma agenda contra a corrupção, que é um problema grave no país. Seu objetivo é fazer uma limpa no governo, para uma possível adesão futura à União Europeia, que tem controles rígidos para os membros.

Kiev também tenta, ainda, conseguir mais apoio militar. Depois da promessa de alguns países do Ocidente em enviar tanques de guerra para a Ucrânia, autoridades agora pedem por aviões a jato.

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O fornecimento de caças F-16 foi descartado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está focado em fortalecer a contraofensiva ucraniana, mas não planeja disponibilizar armas que possam ser usadas para atacar o território russo.

“Estamos fazendo todo o possível para fornecer a eles os recursos de que precisam agora para serem eficazes no campo de batalha”, afirmou Lloyd Austin, secretário de Defesa americano.

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Para Moscou, a estratégia ocidental vai ser frustrada pelas investidas russas, que planeja garantir que os alvos russos em potencial estivessem fora de alcance.

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“Quanto maior o alcance das armas fornecidas ao regime de Kiev, mais precisaríamos afastá-las dos territórios que fazem parte do nosso país”, disse Sergey Lavrov em uma entrevista à mídia estatal russa, fazendo referência aos territórios ucranianos anexados.

Lavrov ainda afirmou que a Rússia quer o fim da guerra, mas a prioridade de Moscou é “proteger território russo” e a “liberdade de pessoas que querem permanecer na cultura russa na Ucrânia”, se referindo à população falante de russo na região.

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