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Australiano atropelado em Copacabana é pedófilo foragido há 22 anos

Christopher John Gott está em coma desde o acidente. Ele usou passaporte falso para entrar no Brasil após ser condenado pelo abuso de 17 crianças

Por Da redação
11 abr 2018, 20h36

Uma das vítimas do atropelamento com um carro desgovernado que invadiu o calçadão de Copacabana em janeiro deste ano é um homem condenado a 6 anos de prisão por pedofilia e procurado pela polícia da Austrália há 22 anos por violar sua liberdade condicional, informou a imprensa local.

O australiano Christopher John Gott, de 63 anos, vivia no Brasil há 22 anos utilizando um passaporte falso, segundo o jornal The Australian. Ele foi registrado no hospital após o acidente com sua identidade falsa: Daniel Marcos Philips.

De acordo com a Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Gott ainda está em estado grave e em coma desde o acidente de 18 janeiro, quando foi atingido pelo carro desgovernado. Além do australiano, outras 16 pessoas se feriram no atropelamento e um bebê de 8 meses morreu.

Ao procurar pela identidade de Daniel Marcos Philips nos registros de estrangeiros que entraram no Brasil nos últimos anos, a polícia brasileira não identificou ninguém com esse nome. As autoridades nacionais então entraram em contato com a Interpol, que levou o caso para a Polícia Federal australiana.

As autoridades australianas também não encontraram nenhum passaporte emitido com o nome de Daniel, mas depois de receberem o registro de suas digitais conseguiram solucionar o mistério: o homem na verdade era Gott, professor de ensino médio na cidade de Darwin até 1994, quando foi preso após 17 denúncias diferentes de abuso sexual de crianças.

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De acordo com o The Australian, entre os crimes pelos quais foi condenado está o abuso de um menor de 14 anos, com quem mantinha relações sexuais.

O homem foi sentenciado a seis anos de prisão, mas teve liberdade condicional concedida dois anos depois, em 1996. Após sua liberação, fugiu da Austrália e passou a ser considerado foragido pela polícia local.

Durante os últimos 22 anos, ninguém conhecia o paradeiro de Gott. Segundo o jornal australiano, sua própria família parou de procurá-lo. Gott trabalhava no Rio de Janeiro como professor em uma escola internacional.

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O homem está atualmente internado no Hospital Hospital Miguel Couto, na Gávea, em coma. Seu estado é grave após sofrer traumatismo craniano.

O motorista responsável pelo atropelamento em Copacabana foi identificado como Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos. Ele alegou ter sofrido um ataque epiléptico enquanto dirigia. Anaquim responde em liberdade por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Procurados por VEJA, a Polícia Federal e o Ministério da Justiça ainda não haviam retornado o pedido de informações até o fechamento desta reportagem.

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