Austrália quer impedir condenados por pedofilia de viajar
Segundo o Ministério da Justiça, a proibição afetaria 20.000 criminosos que já cumpriram sua pena, mas ainda são monitorados
A Austrália quer proibir cidadãos condenados por pedofilia a emitirem passaporte no país. O plano, anunciado pelo governo nesta terça-feira, ainda deve ser votado pelo Parlamento antes de entrar em vigor.
O objetivo da administração australiana é impedir que pessoas com histórico de pedofilia viajem para o exterior. Segundo o Ministro da Justiça, Michael Keenan, a proibição afetaria 20.000 criminosos que já cumpriram sua pena, mas ainda são monitorados pelas autoridades.
Deste total, 3.200 pessoas nunca poderão tirar o passaporte, pois serão vigiadas pela polícia para o resto de suas vidas. Porém, os cidadãos condenados por pedofilia que saírem eventualmente dos registros australianos poderão solicitar a emissão do documento normalmente.
De acordo com o governo, por volta de 800 pessoas com condenações por crimes envolvendo abusos sexuais viajaram da Austrália para o exterior em 2016. “Nenhum país tomou uma ação tão decisiva e forte para impedir que seus cidadãos viajem para o exterior, normalmente para países vulneráveis, para abusar de crianças”, afirmou Keenan.