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Ativistas pró-democracia são condenados em Hong Kong

Em 2014, grupo organizou a chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, movimento que pedia eleições diretas na região e criticava intervenção chinesa

Por Da Redação
Atualizado em 9 abr 2019, 11h57 - Publicado em 9 abr 2019, 11h56

Nove ativistas foram considerados culpados de perturbação da ordem pública pelo seu papel nas manifestações que pedia por eleições livres em Hong Kong, região administrativa da China. Entre eles estão os fundadores do movimento pró-democracia na região.

O conhecido “trio ocupação” é composto pelo professor de sociologia Chan Kin-man, de 60 anos, o professor de direito Benny Tai, de 54, e o pastor batista Chu Yiu-ming, de 75.

“Não importa o que aconteça hoje, nós persistiremos”, declarou Tai aos repórteres presentes, pouco antes do veredito. Tai, Chan e outras cinco pessoas forem condenadas por duas acusações de perturbação, já Chu e um outro réu por apenas uma.

Eles podem ser sentenciados a até sete anos de prisão por suas participações na chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, em 2014. Na ocasião, milhares de pessoas marcharam pedindo pelo direito de Hong Kong escolher seu próprio líder.

Durante a deliberação nesta terça-feira, 9, uma multidão esperava em frente ao tribunal para apoiar os ativistas. O juiz do caso ainda não declarou quando firmará a pena.

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A Revolução

Os protestos da Revolução dos Guarda-Chuvas começaram em reação a uma decisão do governo chinês, em 2014, que permitia eleições diretas em Hong Kong já para 2017 desde que os candidatos fizessem parte de uma lista pré-aprovada por Pequim.

O status da região é uma questão diplomática sensível para autoridades da China, que se esforçam para afastar pedidos de maior independência administrativa.

Uma ex-colônia britânica, Hong Kong foi devolvida aos chineses em 1997 sob a condição de que teria “um alto grau de autonomia, com exceção para as questões de defesa e relações exteriores.”

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No mesmo ano da decisão da China sobre as eleições, os três ativistas condenados convocaram os atos de desobediência, apoiados pelas classes estudantis, que acabaram em grandes manifestações.

Milhares de pessoas acamparam nas ruas de Hong Kong exigindo o direito de controlar completamente a eleição de seu líder. O apelido do movimento foi cunhado depois que os manifestantes usaram guarda-chuvas como escudo para se proteger do gás de pimenta usado pela polícia para dispersá-los.

Os revoltosos acusam o governo chinês de quebrar sua promessa de permitir uma democracia completa na região. A reivindicação foi perdendo força até 2016, quando foi controlada pelas autoridades centrais. Seus principais organizadores foram detidos e processados pelo Estado.

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