Ativista faz topless para protestar contra Berlusconi
O partido do ex-premiê italiano integra a coalizão de centro-direita, líder nas pesquisas de intenção de voto
Quando o ex-premiê Silvio Berlusconi estava concluindo seu voto neste domingo, nas eleições legislativas que acontecem na Itália, foi surpreendido por uma ativista que subiu numa mesa na seção eleitoral com os seios expostos, em protesto contra o político, que tem histórico de envolvimento em escândalos sexuais e políticos. Aos 81 anos e inelegível até o próximo ano devido a uma condenação por fraude fiscal, o líder do partido Força Itália ensaia um retorno ao governo.
A manifestante gritou “Berlusconi, seu tempo acabou”, e carregava a mesma mensagem escrita no corpo, sendo retirada do local de votação logo após o protesto. Ela é integrante do movimento feminista Femen, fundado em 2008 na Ucrânia. O grupo é conhecido por organizar atos de topless público em repúdio a abusos sexuais em todo o mundo.
O partido de Berlusconi integra a coalizão de centro-direita, apontada por analistas como a única com chance de alcançar uma maioria absoluta, com 40% das intenções de voto. A coalizão inclui a Liga, que é contra a imigração, e o partido nacionalista e neofascista Irmãos da Itália.
Em seguida nas pesquisas de intenção de voto está o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), o único partido isolado, com 29% da preferência.
Em terceiro lugar, está a coalizão de centro-esquerda, liderada pelo Partido Democrata (PD), com cerca de 26% das intenções de voto. Atualmente no poder, a centro-esquerda provavelmente perderá força e não deverá obter percentuais necessários para formar o executivo.
A campanha na Itália foi marcada por um eleitorado desacreditado da classe política e pelo tom virulento e anti-imigração dos candidatos, com a extrema-direita ganhando terreno. Há chances de que essas eleições não definam nenhum governo.
Caso a Força Itália receba o maior número de votos, Berlusconi designou Antonio Tajani para chefiar o governo. Mas o conservador, que é presidente do Parlamento Europeu, já declarou que não está preparado para deixar o cargo.