Ataque de drones ucranianos deixa dois feridos em Moscou
Militares russos também teriam derrubado outros dois drones em Belgorod, cidade fronteiriça com a Ucrânia, em um espaço de uma hora e meia
Ao menos duas pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira, 21, após partes de um drone ucraniano, destruído pela Força Aérea da Rússia, atingirem uma casa na região de Moscou, de acordo com autoridades locais. Os militares russos também teriam derrubado outros dois drones em Belgorod, cidade fronteiriça com a Ucrânia, em um espaço de uma hora e meia, e teriam bloqueado um terceiro no distrito de Ruzsky.
Os quatro principais aeroportos de Moscou, que incluem os de Vnukovo, Domodedovo, Sheremetyevo e Zhukovsky, restringiram os voos de entrada e saída na cidade, impactando o trâmite de 45 aviões de passageiros e dois de carga, segundo um funcionário da aviação russa Rosaviatsia, em depoimento à agência de notícias Reuters.
Além disso, o governador de Kaluga, Vladislav Shapsha, disse que mais um drone havia sido abatido na região. O canal de notícias russo Mash, no Telegram, informou que o dispositivo abatido na região de Kaluga aterrissou em um aeródromo militar, provocando uma cratera e um incêndio, que já foi apagado.
+ Drone atinge prédio de ministérios russos pela segunda vez em três dias
Não é a primeira vez que uma leva de drones atinge a cidade. Em julho, dois desses dispositivos atacaram a cidade de Moscou, danificando um edifício próximo à sede do Ministério da Defesa russo. Na ocasião, Moscou acusou Kiev de “terrorismo” e prometeu dar prosseguimento ao conflito na Ucrânia. No início de agosto, um arranha-céu no distrito comercial de Moscou, que abriga três ministérios do governo russo, foi atingido por um drone duas vezes em três dias.
Até o momento, não se sabe a opinião dos cidadãos russos sobre o emprego de drones na guerra, iniciada em fevereiro do ano passado. Em contrapartida, o apoio à “operação militar especial” – como o presidente russo, Vladimir Putin, se refere à guerra – segue alto, sendo aprovada por 75% da população. Críticos questionam, contudo, a veracidade das pesquisas realizadas ao redor do país.