Ataque a tiros em bar no Equador deixa ao menos 17 mortos
Massacre ocorreu na cidade de El Empalme, região próxima a Guayaquil, marcada por disputas sangrentas entre grupos criminosos
Pelo menos 17 pessoas foram mortas e outras 11 ficaram feridas após um ataque a tiros a um bar na cidade de El Empalme, na província costeira de Guayas, no Equador, na noite de domingo, 27. O massacre é mais um episódio da crescente escalada de violência ligada ao narcotráfico no país. A motivação do crime ainda está sob investigação.
Segundo a polícia local, homens armados, em duas caminhonetes, abriram fogo contra civis que bebiam na frente de um bar. A maioria das vítimas estava consumindo bebidas alcoólicas em via pública.
A Procuradoria-Geral confirmou nesta segunda-feira, 28, o número de vítimas e informou que mais de 40 balas foram recolhidas na cena do crime. Imagens divulgadas pela imprensa local mostram corpos estendidos no chão do bar, alguns cobertos por lençóis brancos.
A cidade de El Empalme, a cerca de 160 quilômetros de Guayaquil, tornou-se uma rota estratégica para o escoamento de drogas rumo aos portos do Pacífico. Por isso, é frequentemente alvo de disputas sangrentas entre grupos ligados ao narcotráfico, que operam em um ambiente de violência descontrolada.
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Aumento da violência
Apesar de o presidente equatoriano, Daniel Noboa, ter decretado, no início de 2024, situação de “conflito armado interno” — o que autorizou o uso das Forças Armadas em operações contra o crime organizado —, os índices de homicídios continuam em alta.
Pressionado, Noboa destaca uma queda de 15% nos assassinatos em 2024, mas os dados do Ministério do Interior mostram que os homicídios voltaram a crescer. Apenas nos primeiros seis meses de 2025, o país registrou 4.619 mortes violentas — um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na tentativa de conter o avanço das gangues, a Assembleia Nacional aprovou, no mês passado, uma reforma legal que amplia os poderes do Executivo para combater grupos armados e desmontar redes de narcotráfico. O plano, no entanto, tem gerado críticas de organizações de direitos humanos, que alertam para o risco de abusos e execuções sumárias em áreas civis.







