Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Assembleia Constituinte assume funções do Parlamento da Venezuela

Decisão dá à Constituinte o poder de ditar leis

Por Da redação
Atualizado em 18 ago 2017, 15h48 - Publicado em 18 ago 2017, 14h40

A Assembleia Constituinte, que apoia o presidente Nicolás Maduro, apropriou-se nesta sexta-feira das funções do Parlamento na Venezuela. “A Assembleia Constituinte decidiu assumir as competências para legislar sobre as matérias voltadas diretamente a garantir a preservação da paz, da soberania, do sistema socioeconômico e financeiro, dos bens do Estado e da preeminência dos direitos dos venezuelanos”, diz decreto aprovado pelo colegiado.

A decisão, que dá aos governistas o poder de ditar leis, foi tomada em uma sessão à qual a junta diretora do Parlamento, convocada na véspera pela presidente da Assembleia Constituinte, a ex-chanceler Delcy Rodríguez, se negou a assistir. De maioria oposicionista, a liderança da Assembleia Nacional afirmou que não irá se subordinar à Constituinte, formada exclusivamente por chavistas, por considerá-la um órgão que usurpa o poder legislativo e um instrumento de Nicolás Maduro para consolidar a ditadura no país.

O Parlamento é o único dos cinco poderes reconhecidos na Constituição da Venezuela que não se subordinou à Constituinte. Maduro e os titulares dos Poderes Judiciário, Eleitoral e Cidadão, todos alinhados ao governo, reconheceram o órgão como um poder superior. “Não vamos permitir mais desvios de poder. Chegou a Constituinte para pôr ordem!”, discursou Rodríguez, antes da leitura do acordo.

Em uma carta aberta, a junta diretora do Parlamento reiterou que desconhece “a fraudulenta Assembleia Nacional Constituinte, seus mandatos e todos os atos emanados da mesma”. “Rejeitamos, desconhecemos e não nos subordinaremos à fraudulenta Assembleia Nacional Constituinte”, disse o órgão em um comunicado.

O comunicado do Parlamento é uma extensa carta aberta à nação, na qual os opositores repassam as razões pelas quais repudiam a Constituinte, que já demitiu a procuradora-geral e ameaça prender os principais líderes antichavismo. “Não compareceremos ante a mentira constituinte. Não estamos obrigados a fazer isso”, anunciou o bloco opositor.

Continua após a publicidade

Na carta, assinada pelo presidente do Parlamento, Julio Borges, o órgão liderado por Rodríguez não é uma “autêntica assembleia constituinte”, mas sim um “poder que pretende perpetuar Maduro”. “A Constituinte representa um sequestro dos direitos políticos e a destruição das instituições democráticas na Venezuela”, afirma o presidente do Parlamento na carta.

“Temos o dever de permanecer ao lado da Constituição de 1999 e dos mais de 14 milhões de eleitores que nos transformaram em legítimos representantes da soberania popular”, completa Borges, citando o número de eleitores que participou das eleições legislativas de 2015.

(com AFP e EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.