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Às vésperas do Natal, funcionários da Amazon entram em greve em 4 estados dos EUA

Funcionários de armazéns e motoristas terceirizados reivindicam melhores salários e benefícios na maior paralisação já realizada contra a gigante do varejo

Por Redação 19 dez 2024, 12h01

Milhares de funcionários de armazéns e motoristas terceirizados da Amazon entraram em greve nesta quinta-feira, 19, em uma ação que atinge seis instalações da empresa em quatro estados dos Estados Unidos. Organizada pelo sindicato International Brotherhood of Teamsters, a paralisação é descrita como a maior já realizada contra a gigante do varejo.

Os trabalhadores querem pressionar a Amazon a negociar com seu sindicato, exigindo melhores salários e benefícios, enquanto ressaltam os lucros recordes alcançados pela empresa.

“Se o seu pacote atrasar durante as férias, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon”, disse o presidente geral do Teamsters, Sean O’Brien, na quarta-feira. “Demos à Amazon um prazo claro para sentar à mesa de negociações e fazer o que é certo para nossos membros. Eles ignoraram. Esta greve está na conta deles.”

A paralização começou na manhã desta quinta-feira em um armazém no Queens, em Nova York, e foi seguida por funcionários de Skokie, em Atlanta, e três municípios na Califórnia – São Francisco, Victorville e a Cidade da Indústria.

A Amazon, por sua vez, minimizou os possíveis impactos e garantiu que suas operações durante a movimentada época de fim de ano não serão afetadas pela paralisação. “Toda essa narrativa é uma jogada publicitária, e a conduta do Teamsters no ano passado e nesta semana é ilegal”, declarou Kelly Nantel, porta-voz da empresa, referindo-se a outra ação semelhante em 2023.

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O sindicato representa cerca de 10 mil trabalhadores da Amazon nos Estados Unidos, equivalente a menos de 1% da força de trabalho da empresa no país.

Disputa trabalhista

A disputa entre a gigante do varejo e os trabalhadores inclui questões legais e sindicais. O sindicato alega que, sob uma regra do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB), a Amazon e suas contratadas podem ser tratadas como empregadoras conjuntas, uma avaliação da qual a empresa discorda.

Os motoristas terceirizados acusam a Amazon de usar serviços de outras empresas para evitar responsabilidades trabalhistas. “Estamos lutando por direitos básicos que deveriam ser o padrão na indústria”, disse o motorista Luke Cianciotto a repórteres do lado de fora das instalações da empresa em Skokie, Illinois. “Os salários que recebemos não são suficientes para sobreviver na economia de hoje.”

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A Amazon não mostrou nenhuma indicação de que está disposta a firmar um acordo com o Teamsters nem reconhece que o sindicato fale por qualquer um de seus trabalhadores.

A empresa registrou um lucro líquido de US$ 39,2 bilhões (cerca de R$ 241 bilhões, na cotação atual) nos primeiros nove meses de 2024, mais que o dobro do mesmo período do ano passado. Com isso, chegou a uma receita de US$ 450,2 bilhões (quase R$ 2,8 trilhões) até agora, consolidando-se como a segunda maior empregadora privada do mundo, atrás apenas do Walmart.

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