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Às sombras de tarifaço de Trump, partidos de centro da Alemanha formam coalizão

Acordo envolve três siglas: União Democrata Cristã (CDU), União Social-Cristã (CSU) e Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD)

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 abr 2025, 10h12

Os principais partidos de centro da Alemanha devem apresentar uma nova coalizão nesta quarta-feira, 9, em meio às preocupações com o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu potencial efeito na economia da Europa, à beira da recessão. O acordo, segundo a emissora americana CNN, será anunciado pelos líderes da União Democrata Cristã (CDU), da União Social-Cristã (CSU), vencedor das eleições federais de fevereiro, e do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), de centro-esquerda, em Berlim.

Embora tenha triunfado no pleito, o CDU, do futuro chanceler Friedrich Merz, não conseguiu obter a maioria. Ele arrebatou menos de 30% dos eleitores, enquanto a Alternativa para a Alemanha (AfD), legenda vigiada pela polícia por seu extremismo e relativização do nazismo, conquistou 21% de apoio – dobrando o número de assentos no Parlamento e complicando o cálculo para a formação de uma coalizão, que será necessária para Merz governar.

Há semanas, a CDU e a CSU estão engatados em negociações formais de coalizão com o SPD, que liderou um governo de coalizão tripartite, sob comando do ex-chanceler Olaf Schoz, até seu colapso em novembro do ano passado. Após a ruína de Scholz, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu o Parlamento e marcou novas eleições.

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Trump e extrema direita

A pressão para a formação de um governo, o quanto antes, corre em meio à incerteza disseminada mundo afora pelas tarifas de Trump, que miraram uma série de países, incluindo a Alemanha. Em campanha, Merz prometeu reanimar a maior economia europeia após anos de estagnação. Ele também disse que reconstruiria a posição internacional do país, criando “uma Alemanha da qual podemos nos orgulhar novamente” – qualquer semelhança com “fazer os Estados Unidos grandes novamente” de Trump não é mera coincidência.

Merz também prometeu aumentar os gastos do país com defesa, enquanto a Europa enfrenta a ameaça da Rússia e dos EUA, que adotam uma postura mais hostil à segurança europeia. Em março, a câmara baixa do Parlamento da Alemanha aprovou um fundo histórico de investimentos na infraestrutura de Defesa do país, além de relaxar as duras regras de controle de dívida previstas na Constituição alemã. Ao todo, serão liberados € 500 bilhões (mais de R$ 3,1 trilhões) para a criação de um fundo para impulsionar as Forças Armadas do país.

O apoio crescente à AfD também impulsionaram as negociações. Uma pesquisa da Ipsos divulgada nesta quarta-feira, 8, mostrou a extrema direita como a sigla mais popular, com 25%, à frente da CDU, com 24%. No X, antigo Twitter, a colíder da AfD, Alice Weidel, agradeceu pela “imensa confiança” e prometeu que a “mudança política virá”.

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