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Após destruição de ponte, Zelensky diz que invasão à Rússia está ‘cumprindo objetivos’

Três pontes usadas para levar suprimentos a soldados de Moscou na fronteira entre os países foram danificadas. Ofensiva avança na região russa de Kursk

Por Da Redação Atualizado em 19 ago 2024, 12h04 - Publicado em 19 ago 2024, 09h05

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira, 19, que seu país está “atingindo os objetivos” na invasão à região russa de Kursk, que já dura duas semanas. A declaração foi dada depois que Moscou confirmou que as forças ucranianas danificaram uma terceira ponte de importância logística, usada para fornecer suprimentos ao seu Exército na área de fronteira entre os dois países.

Kiev alegou que tomou controle de mais de 80 assentamentos em uma área de ao menos 1.150 quilômetros quadrados em Kursk desde seu ataque surpresa à região em 6 de agosto. Esta já é considerada a maior invasão à Rússia desde a Segunda Guerra Mundial. Zelensky justificou que a incursão na fronteira com o leste da Ucrânia visa criar uma zona-tampão e desgastar as forças russas, que travam há dois anos e meio uma guerra em território ucraniano.

“Estamos atingindo nossos objetivos”, escreveu o presidente em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram. “De manhã, há outra reposição do fundo de câmbio para o nosso estado”, acrescentou, fazendo alusão à captura de soldados russos que podem ser usados em trocas de prisioneiros.

Ataques à logística

O chefe da Força Aérea ucraniana disse no domingo 18 que duas pontes russas foram destruídas nos últimos dias para enfraquecer a logística inimiga. A Rússia confirmou nesta segunda-feira que a Ucrânia havia atingido e danificado uma terceira ponte sobre o Rio Seym, sobre a qual Kiev ainda não comentou. As estruturas fazem parte de linhas de suprimento essenciais para as tropas russas que defendem a área.

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Em seu tradicional discurso noturno, Zelensky disse no domingo que seus soldados estão criando uma zona-tampão ao longo da fronteira da Ucrânia com a Rússia, parte do que ele descreveu como “ações máximas de contra-ofensiva” destinadas a prejudicar o potencial militar de Moscou.

“Tudo o que inflige perdas ao exército russo, ao Estado russo, ao seu complexo industrial militar e à sua economia – tudo isso nos ajuda a evitar a ampliação da guerra”, disse o mandatário ucraniano.

Nesta segunda-feira, o comandante do Exército da Ucrânia, Oleksandr Pavliuk, disse no Telegram que os soldados estavam “cumprindo tarefas com sucesso” na região de Kursk e capturando prisioneiros de guerra russos para serem trocados por ucranianos presos. Sem especificar quantas pessoas haviam sido detidas, ele postou imagens de um grupo de mais de 10 pessoas com as mãos no ar caminhando por uma estrada, bem como outras mostrando vários soldados ajoelhados ao lado de uma estrada.

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No outro front

Apesar dos avanços ucranianos na região de Kursk, suas forças seguem na posição defensiva perto da cidade estratégica de Pokrovsk, no leste do país. A Rússia tem feito avanços constantes, ainda que lentos, por lá nas últimas semanas.

A cidade, que tinha uma população pré-guerra de cerca de 60 mil pessoas, é um importante centro de transporte para linhas de suprimento ucranianas em grande parte da região de Donbas, que a Rússia diz ter anexado. Agora, as tropas russas estão a cerca de 10 quilômetros dos arredores da cidade, de acordo com o ucraniano Serhiy Dobriak, chefe da administração militar local.

Dobriak afirmou nesta segunda em coletiva de imprensa que a cidade sofre um êxodo de 600 pessoas pessoas por dia. Ele acrescentou que a aproximação das forças russas pode significar a interrupção de todos os serviços municipais em uma semana.

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