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Após Biden visitar Kiev, Putin se encontra com principal diplomata chinês

O presidente da Rússia fez reunião com Wang Yi, ex-ministro das Relações Exteriores, no Kremlin, onde discutiram 'novos níveis de cooperação'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 10h35 - Publicado em 22 fev 2023, 08h49

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrará com o principal diplomata da China, Wang Yi, no Kremlin, revelaram imagens da televisão estatal russa nesta quarta-feira, 22.

Os dois estão sentados à uma mesa comprida, enquanto Putin fala sobre uma “situação internacional complexa”. O líder de Moscou diz ainda que a China e a Rússia alcançaram “novos níveis de cooperação”.

“As relações russo-chinesas estão se desenvolvendo conforme planejamos, estamos alcançando novos níveis de cooperação”, afirmou Putin em um dos cortes na televisão. “A cooperação entre a Rússia e a China é muito importante para a estabilização da situação internacional”, acrescentou.

Wang disse a Putin que a China vai desempenhar um papel “construtivo” para alcançar uma solução política para a crise na Ucrânia, informou a agência de notícias estatal russa Tass.

“O lado chinês irá, como no passado, aderir firmemente a uma posição objetiva e imparcial e desempenhar um papel construtivo na solução política da crise”, disse o diplomata chinês.

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Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, Wang afirmou na reunião que Pequim está disposta a trabalhar com a Rússia para “aprofundar a confiança política, estender a cooperação pragmática e desempenhar um papel construtivo para ambos os países na promoção da paz e do desenvolvimento mundial”.

A reunião ocorre à medida que crescem as preocupações no Ocidente sobre a posição que Pequim assumiu na guerra na Ucrânia.

O líder russo raramente se encontra pessoalmente com representantes de nações aliadas, dando preferência ao ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov. A decisão de reunir-se cara-a-cara com Wang, além de mostrar sinal de respeito ao diplomata que atuou como embaixador no Japão, diretor do Escritório de Assuntos de Taiwan e ministro das Relações Exteriores entre 2013 e 2022, representa uma mudança na abordagem, logo após o flagrante desafio a Putin que foi a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Ucrânia na segunda-feira 20.

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Às vésperas da marca de um ano da guerra, Biden fez uma viagem surpresa a Kiev, organizada em sigilo. O presidente americano se encontrou com o ucraniano Volodymyr Zelensky, e caminhou nas ruas da capital. Pouco antes do encontro, alarmes de ataques aéreos soaram no país, mas não houve registro de ataques de fato.

A guerra passa atualmente por um ponto de inflexão. A Rússia está tentando garantir o controle total de duas províncias do leste ucraniano que formam a região industrial e de mineração de Donbas.

Os dois lados sofreram pesadas perdas em Bakhmut, e a situação da zona de conflito foi descrita como um “moedor de carne”, com poucos civis restantes na cidade. Desde maio, o Exército russo tenta ocupar a cidade, uma zona estratégica para ser usada como base de lançamento de ataques a cidades vizinhas, como Sloviansk e Kramatorsk.

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Atualmente, a região é o principal objetivo do presidente russo. A captura do local daria à Rússia uma nova posição na região de Donetsk e uma rara vitória após vários meses de contratempos. O território de Donbas, que a Rússia ocupa parcialmente, é considerado o coração industrial da Ucrânia e agora o país tenta obter controle total. 

Kiev, por sua vez absorvendo um grande influxo de armamento ocidental nos próximos meses para uma contra-ofensiva planejada, ultimamente se ateve principalmente à defesa no campo de batalha, alegando estar infligindo enormes baixas às forças russas de ataque.

Apesar da alta quantidade de munição recebida, Kiev enfrenta um amplo problema, à medida que gasta munição em um ritmo mais rápido do que elas podem ser produzidas.

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